30 março 2011

Operários do Porto do Açu bloqueiam estrada de acesso a obras em pleito por melhores salários e condições de alojamento

Protesto de trabalhadores também afeta obra de Eike Batista

Sabrina Lorenzi, iG Rio de Janeiro | 30/03/2011 17:45

Depois da hidrelétrica de Jirau, em Rondônia, e da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, foi a vez do Porto do Açu, no Rio de Janeiro, tornar-se alvo de protestos de trabalhadores. Reivindicando melhores salários e condições de alojamento, operários que erguem o porto de Eike Batista bloquearam nesta terça-feira (30), com pneus e galhos de árvores, a estrada que dá acesso às obras.

De acordo com a LLX, empresa de logística de Eike, trabalhadores negociam desde ontem melhorias em seus alojamentos e salários. Também cobram o pagamento do adicional de 30% por periculosidade. Ainda segundo a empresa do grupo EBX, os trabalhadores são funcionários da empreiteira ARG Civil Port, contratada pela LLX para desenvolver o projeto.

A LLX informa que exige em contrato que o mesmo tratamento dado a seus funcionários seja estendido aos terceirizados. E que "está atenta às reclamações e acompanha de perto o cumprimento dos contratos firmados com estas empresas".

As reivindicações afetam a construção do terminal marítimo do Porto do Açu. Localizado em São João da Barra, no Norte Fluminense, o porto tem previsão de ficar pronto em 2012. Além do porto, um megacomplexo industrial está sendo desenvolvido na região pelo empresário Eike Batista, num investimento total da ordem de R$ 4,5 bilhões. A estrada fechada é a RJ 240, que liga a BR 356 ao Porto do Açu.

Foto: Fabrizia Granatieri

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