Eficiente em campo, problemático fora dele. O rótulo que marcou boa parte da carreira de Adriano e o segue até hoje não é um tabu para o Corinthians. Muito menos para o presidente do clube, Andrés Sanchez. O dirigente já está preparado para lidar com situações polêmicas envolvendo o novo reforço alvinegro fora das quatro linhas: “não acho que ele virá para ser um padre”.
EX-EMPRESÁRIO FALA EM PSIQUIATRA
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Ex-empresário de Adriano, Gilmar Rinaldi afirmou que sempre pediu psiquiatras aos clubes com os quais manteve negociação para levar o atacante.
“O Adriano é um ser humano. Ele pode vir e dar muito certo, assim como pode não dar certo, é o risco que você corre com qualquer atleta. Mas tenho convicção que o Adriano no campo é diferenciado, é privilegiado, então dificilmente vai dar errado tecnicamente. Agora que vai ter problema, que vai dar algum rolo, isso é óbvio. Não acho que ele virá para ser um padre”, disse o dirigente na gravação do Roda Viva, programa da TV Cultura.
O Imperador tem um histórico de problemas ao longo da carreira. Aos 29 anos, acumula polêmicas principalmente fora das quatro linhas pelas equipes que defendeu. Faltas a treinos e atrasos são comuns em seu currículo. Exageros com álcool e abuso nas noitadas, também.
A fama já fez parte da torcida do Corinthians criticar a contratação. Na última sexta-feira, fãs alvinegros levaram faixa com os seguintes dizeres ao CT Joaquim Grava: “Adriano, o Corinthians não é clínica de recuperação. Não queremos você aqui”.
Até o agora ex-empresário do atacante mostrou preocupação com a parte psicológica de Adriano. Gilmar Rinaldi rompeu com Adriano por sua postura na negociação com o Corinthians e revelou um cuidado que tinha ao negociar os contratos do atacante.
“Eu sempre pedi um grande programa de recuperação para todos os clubes, com psiquiatra. Agora eu peço que o Corinthians, o Ronaldo, e principalmente o [Joaquim, médico do clube] Grava, que é meu amigo, possam ajudá-lo nisso”, disse Gilmar.
O Imperador, inclusive, já passou por uma depressão quando seu pai faleceu, em 2004. E quando reforçou o Flamengo em 2009, alegou que voltava ao futebol brasileiro para recuperar a felicidade perto de seus familiares. O próprio clube carioca se recusou a tentar sua contratação desta vez. Agora, novamente retornando ao país após passagem frustrante pela Roma, Adriano tenta, mais uma vez, ser lembrado mais pelos feitos em campo do que pelos tropeços fora