- 29 de março de 2011 |
- 9h36 |
A Comissão Europeia, parte da estrutura administrativa da União Europeia, propôs acabar, em 2050, com o tráfego de veículos movidos a gasolina e a diesel nas cidades dos países membros da aliança. A medida é parte de um plano para tornar o setor de transportes menos poluente e mais competitivo. As informações são de agências internacionais.
“Podemos acabar com a dependência do petróleo que tem o transporte sem sacrificar sua eficiência e sem comprometer a mobilidade”, afirmou o comissário europeu de Transporte, Siim Kallas, ao apresentar a estratégia da CE para 2050.
A comissão também definiu alguns objetivos para as próximas quatro décadas: reduzir em 40% as emissões do transporte marítimo, fazer com que 40% do combustível usado na aviação tenha nível baixo de dióxido de carbono (CO2) e que metade dos deslocamentos de média distância feitos por estradas passem a ser por trens ou outros meios.
Isso reduzirá em 60% as emissões de poluentes em relação aos números de 1990, segundo a comissão. O órgão busca organizar uma área única de transporte na Europa para 2050. Apesar da menção aos cortes nas emissões, a organização ecologista Greenpeace divulgou que a CE não propõe nenhuma estratégia coerente para alcançar essa meta e adia por décadas as atualizações necessárias.
A associação das montadoras europeias (ACEA) comentou que a proposta envia um “sinal equivocado”. Para a entidade, não resolve reduzir o uso de veículos com motor a combustão sem oferecer soluções viáveis ao transporte rodoviário, cujo papel considera ser “capital”.
Incentivos fiscais
Kallas disse que são “objetivos realistas e muito ambiciosos” ao se ter em conta o crescimento previsto no transporte. Segundo ele, medidas mais concretas serão tomadas nos próximos anos. Sobre a substituição dos combustíveis tradicionais – redução de 50% em 2030 e total em 2050 – e o fomento do carro elétrico, o comissário explicou, sem dar detalhes, que isso se apoiará em facilidades fiscais.