16 agosto 2011

Pré-sal deve gerar mais de 2 milhões de empregos até 2020, prevê estudo

Os maiores investimentos na área serão da Petrobras, que planeja gastar R$ 430 bi
Da Agência Brasil

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A exploração do petróleo da camada do pré-sal deve estimular o crescimento de vários setores da indústria, gerando mais de 2 milhões de empregos até 2020. A estimativa consta de estudo apresentado nesta terça-feira (16) pelo diretor-geral da Onip (Organização Nacional da Indústria do Petróleo), Eloi Fernández e Fernández.


Fernández foi um dos participantes de um debate sobre o pré-sal promovido em São Paulo. Ele disse que a cadeia do petróleo e gás será a maior responsável pelos investimentos no Brasil até 2014.

Segundo Fernández, dos R$ 611 bilhões previstos em investimentos pela indústria para os próximos quatro anos, R$ 378 bilhões (62%) serão aplicados por empresas do setor. Esse valor vai representar metade dos investimentos em infraestrutura do país até 2014.

De acordo com ele, a maior parte desse investimento virá da Petrobras. A estatal anunciou um plano de R$ 430 bilhões (cerca de US$ 270 bilhões) até 2015 e a contratação de mais funcionários. Para Fernández, se o governo federal trabalhar para que outras empresas do setor de petróleo também ampliem seus quadros de pessoal, a geração de empregos passará de 2 milhões.

- O MDIC [Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior] precisa assumir o papel de coordenação. Se tudo correr bem, podemos gerar mais de 2 milhões de empregos. Se não correr, teremos um crescimento de 500 mil vagas.

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, também participou do debate e confirmou os planos da estatal. O governo federal, adiantou, prepara um plano de estímulo exclusivo à indústria de petróleo e gás para fortalecer o crescimento do setor no Brasil durante os próximos anos.

- O país tem que desenvolver sua produção nacional.

A diretora da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), Magda Chambriard, disse que o órgão trabalha para o desenvolvimento da indústria nacional. A agência, segundo ela, exige de empresas do setor percentuais mínimos de utilização de produtos nacionais em suas operações e, com isso, colabora para a criação de vagas de trabalho.