Djalma Vassão/Gazeta Press
O Banco do Brasil aceitou as garantias oferecidas pela Odebrecht e vai liberar o dinheiro para a construção do Fielzão, o novo estádio do Corinthians que deve ser palco da abertura da Copa do Mundo de 2014, no bairro de Itaquera, zona leste de São Paulo.
A informação foi divulgada nesta terça-feira (23) pelo jornal Folha de S.Paulo, na coluna da jornalista Mônica Bergamo. Segundo a nota, a construtora, que é sócia do Corinthians na empresa responsável pela construção do estádio, terá a obrigação de garantir o pagamento.
A verba sairá do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), mas precisa passar por um banco comercial antes de chegar ao cliente final. O problema é que o Banco do Brasil tem como política não negociar com clubes de futebol.
Além disso, o Corinthians não teria garantias reais a oferecer, apenas receitas futuras, como os "naming rights" (o nome oficial do estádio) e as rendas dos jogos que forem disputados com mando do clube, o que só deve ocorrer a partir de 2015.
Além do empréstimo do BNDES, o clube receberá R$ 499 milhões em incentivos fiscais para a construção do Fielzão. Desse valor, R$ 420 milhões vêm da prefeitura de São Paulo, por meio de um projeto de desenvolvimento da zona leste, e o restante de isenções concedidas a todas as 12 cidades que receberão a Copa.
O custo do estádio é estimado em R$ 820 milhões, além de R$ 46 milhões para a colocação de arquibancadas móveis que ampliarão a capacidade para 68 mil torcedores, garantindo a possibilidade de receber a partida de abertura - a Fifa exige um estádio com no mínimo 65 mil lugares, e esse valor será pago pelo governo do Estado de São Paulo. O Corinthians usará o estádio com capacidade para 48 mil pessoas.