20 outubro 2011

Operação é normal nos aeroportos de São Paulo e Brasília após anúncio de greve

Cada vez mais me convenço de que a maioria das greves de hoje são puramente políticas _ não estou me referindo à greve dos bombeiros cariocas, por exemplo. Agora porque meia-dúzia de radicais julgam que não se pode privatizar os aeroportos para melhorar a infraestura do país, param três dos mais importantes aeroportos do Brasil para fazer ameaça. Enquanto isso, milhares de pessoas correm o risco de perder ou adiar seus vôos.

Segundo a Infraero, greve afeta terminal de cargas de Viracopos, em Campinas. Passageiro ainda não foi atingido pela paralisação

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Os funcionários dos aeroportos de São Paulo e Brasília inciaram a paralisação de 48h à 0h desta quinta-feira. Até o momento, a greve não tem afetado diretamente os passageiros que utilizam os terminais dos aeroportos de Cumbica (Guarulhos/SP), Viracopos (Campinas/SP) e Presidente Juscelino Kubitschek (Brasília). Os aeroportuários anunciaram a interrupção das atividades com o objetivo de protestar contra o modelo de privatização destes três aeroportos, que estão no cronograma do governo federal. A expectativa é que os leilões aconteçam até o início de 2012. Juntos, os aeroportos têm 3 mil funcionários.

Cerca de 80% do efetivo dos funcionários da Infraero teriam aderido à paralisação em Guarulhos, região metropolitana de São Paulo, nesta madrugada. O Sindicato dos Aeroviários promoveu, durante a madrugada, na área de serviços dos funcionários da Infraero, uma aglomeração, com carro de som, de cerca de 30 pessoas. Um grupo de 20 membros do Movimento dos Sem Terra (MST), que estaria apoiando a greve, dormia próximo ao saguão.


Movimento é normal desde o início da greve. Na foto, saguão de embarque doméstico, em Brasília, na quarta (19)

O passageiro que esteve em Cumbica, nesta madrugada, praticamente não sentiu dificuldades para embarcar ou desembarcar. Estaria prevista para uma assembleia nesta manhã entre os funcionários do turno da madrugada e os do turno da manhã para decidirem o rumo da paralisação.

O presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), Francisco Lemos, afirmou que a greve serve para mostrar à população apenas um pouco da 'escuridão' em que estes três aeroportos ficariam caso o governo privatize os serviços. De acordo com o levantamento da Infraero, em Cumbica, entre 0h e 10h, dos 71 voos programados, dois sofreram atrasos e outros três foram cancelados.

Viracopos

Assim como em Garulhos, a situação do Aeroporto Internacional de Viracopos não apresenta situação complicada ao passageiro. Ainda não há números e informações de funcionários que teriam aderido à greve. Porém, o reflexo da paralisação pôde ser sentido somente no terminal de cargas do aeroporto.

Segundo a Infraero, até o momento, a movimentação de cargas do sistema só opera parcialmente com alimentos perecíveis e animais vivos. Cargas relacionadas a importação e exportação e outros tipos de movimentação seguem paralisados desde o início da greve. Como a área não possui administradores e funciona com escalas de funcionários, não há previsão das operações serem retomadas.

Distrito Federal

Em Brasília, um carro de som dos sindicalistas foi posicionado na plataforma de desembarque desde a meia-noite. Cerca de 70% dos 30 funcionários do turno das 23h às 7h aderiram à paralisação. Ainda não há números de adesão no período da manhã. Segundo balanço da Infraero, às 10h, no Aeroporto Presidente Juscelino Kubitschek, entre 49 partidas programadas, apenas dois voos foram cancelados e outros dois estavam atrasados.

Em todos os terminais, o reflexo da greve poderá ser sentido durante o horário de pico de desembarque que seria a partir das 9h da manhã em todos os sistemas aeroportuários. Procurada pela reportagem do iG, em todos os aeroportos com funcionários em greve, a Infraero confirmou que o plano de contingência consegue evitar transtorno para passageiros.

*com AE