31 outubro 2011

Prefeitura realiza pavimentação, mas "esquece" casa no meio da rua em Canudos (BA)

http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/10/31/prefeitura-calca-rua-mas-esquece-casa-no-meio-de-rua-em-canudos-ba.jhtm

Aliny Gama

Especial para o UOL Notícias
  • Proprietários dizem que imóvel foi primeiro da rua e que alinhamento é que foi projetado errado

    Proprietários dizem que imóvel foi primeiro da rua e que alinhamento é que foi projetado errado

A obra de calçamento da rua do Conselheiro, em Canudos (484km de Salvador), vem causando preocupação para o casal Antonio Manoel dos Santos e Maria Lúcia Brito da Silva. O imóvel em que eles residem há mais de 18 anos foi ignorado pelas obras da prefeitura e ficou literalmente no meio do calçamento que a rua recebeu há cerca de três meses.

Os proprietários do imóvel dizem que as paredes ficaram rachadas depois que as obras de calçamento foram realizadas em torno da casa. Maria Lúcia, o marido e as duas filhas do casal tiveram de sair de casa devido aos transtornos causados depois que a rua foi calçada.

Eles pedem que a prefeitura arque com as despesas para a construção de um novo imóvel no mesmo terreno e que seja custeado o aluguel que a família vem pagando depois que foi obrigada a se mudar.Segundo ela, a casa foi construída há mais de 30 anos pela sogra e teria sido o primeiro imóvel da rua.

“Não é a minha casa que está no local errado. A rua foi construída no lugar errado, pois a casa foi a primeira da rua, quando aqui era tudo mato. Já perdi as contas de quantas vezes fui à prefeitura para eles resolverem isso”, afirmou Maria Lúcia, dizendo que não entrou em acordo sobre a demolição.

A prefeitura de Canudos explicou que o imóvel está em área irregular, construído de forma "desordenada" em relação às demais casas da rua. E informou que deverá chamar os proprietários do imóvel para entrar em acordo, assinar um contrato e demolir a casa para que a rua seja liberada.

A Secretaria de Obras de Canudos garantiu --sem dar prazos-- que vai construir uma nova morada para a família no terreno onde hoje é o quintal da casa. A nova residência não será cobrada do casal.

Corinthians espera receber dinheiro do BNDES só em abril

http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/2011/10/corinthians-espera-receber-dinheiro-do-bndes-so-em-abril/

Corinthians e Odebrecht seguem sem fazer o pedido de financiamento no BNDES para a construção do Itaquerão. O plano inicial era conseguir o dinheiro até dezembro. A nova previsão da diretoria é de que a verba seja liberada só em abril de 2012.

O clube considera normal que demore mais para ser estruturado o pedido de financiamento para um estádio privado em relação a um público. Apesar disso, os corintianos afirmam que não haverá atrasos na obra.

Enquanto não recorre ao BNDES, a Odebrecht pegará empréstimo em outro banco, sem as vantagens concedidas especialmente pelo órgão governamental para obras do Mundial. Mesmo assim, os cartolas calculam que a diferença de taxas será pequena.

De acordo com os corintianos, o empréstimo a ser feito pela Odebrecht terá um custo pouco maior em relação ao financiamento do BNDES. Pelas contas feitas no Parque São Jorge, se a Odebrecht pegar R$ 100 milhões emprestados por três meses agora para ganhar um novo fôlego, gastará cerca de R$ 200 mil a mais do que desembolsaria para pagar o mesmo empréstimo ao BNDES. Mas, por outro lado, o início da quitação com o banco governamental seria adiado em três meses.

A dificuldade atual dos representantes do clube é acomodar seus interesses, os da construtora e o do novo banco parceiro no mesmo contrato de empréstimo.

Ainda sem dinheiro do BNDES, Odebrecht pede R$ 200 milhões no mercado para tocar Itaquerão



Festa pela confirmação do Itaquerão como abertura da Copa, mas dinheiro está curto

Festa pela confirmação do Itaquerão como abertura da Copa, mas dinheiro está curto

http://esporte.uol.com.br/futebol/copa-2014/ultimas-noticias/2011/10/20/ainda-sem-dinheiro-do-bndes-odebrecht-pede-r-200-milhoes-no-mercado-para-tocar-itaquerao.htm

Roberto Pereira de Souza

Em São PauloApesar dos primeiros fogos que ecoaram no Itaquerão nesta quinta-feira, após o anúncio de que a arena abrirá a Copa do Mundo 2014, nem tudo é motivo de festa para a construtora Odebrecht. O núcleo financeiro que cuida da arena precisou ir ao mercado financeiro para conseguir um empréstimo de R$ 200 milhões.



A medida não é vista como emergencial dentro da construtora, mas o fato é que o trabalho no Itaquerão consumiu R$ 24 milhões em cinco meses e as negociações com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não foram tão simples como se imaginava em um primeiro momento. Sem caixa para o Itaquerão, a construtora pediu um empréstimo em nome próprio para alavancar as obras nos próximos meses.

Oficialmente, o BNDES abriu uma carteira de crédito para construção ou reformas de estádios para a Copa 2014, no limite máximo de R$ 400 milhões/sede. Três sedes ainda não entraram em contato com o banco estatal: São Paulo, Porto Alegre e Brasília (os dois primeiros são particulares).

A assessoria do BNDES confirmou ontem que o dinheiro “reservado” ao Corinthians ainda não foi pedido. Tecnicamente, o banco poderia ter feito um empréstimo-ponte à Odebrecht que seria deduzido do valor limite (R$ 400 milhões).

“Mas essa operação não foi feita pelo BNDES. Já fizemos isso com o consórcio que toca a obra da arena pernambucana (a Odebrecht faz parte do consórcio). Para a arena corintiana, nada foi pedido, nem uma carta-consulta foi enviada”, explicou a assessoria do banco.

O prazo final para a retirada desse dinheiro junto ao banco estatal é 31 de dezembro de 2011.

Junto com a terraplenagem da área de 200 mil metros quadrados, teve início também a construção de outro projeto de engenharia: a financeira.

Técnicos da Odebrecht sairam a campo para conseguir parceiros de múltiplas tarefas. Tarefa 1: um banco que faça a intermediação do empréstimo junto ao BNDES, cobrando taxas mais baratas. Tarefa 2: que esse banco aceite as garantias reais oferecidas pela Odebrecht para fechar a operação de emprésitmo de R$ 400 milhões. Tarefa 3: que o Corinthians aceite ser sócio minoritário nessa complexa operação até quitar toda a dívida junto ao banco. O clube deverá ter receita para pagar juro e o principal da dívida, totalizando cerca de R$ 740 milhões em 14 anos.

Pela engenharia financeira construída para retirar o dinheiro do BNDES e comercializar os títulos municipais da Prefeitura no valor máximo de R$ 320 milhões, a construtora e o banco intermediário seriam os responsáveis pelo estádio. O prazo para o fechamento da operação expira em 71 dias.

A partir desta terça, Itaquerão ganha novo turno e trabalhos irão até as 23h


Operários trabalham em canteiro de obras do Itaquerão. Até janeiro, eles serão 2.000

Operários trabalham em canteiro de obras do Itaquerão. Até janeiro, eles serão 2.000

31/10/2011 - 20h32

Vinícius Segalla

As obras do Itaquerão, estádio do Corinthians sendo erguido no bairro de Itaquera pela construtora Odebrecht, ganharão um novo ritmo a partir desta terça-feira. Os trabalhos serão feitos em dois turnos.

Uma nova equipe atuará das 13h às 23h20, e será formada por 40 funcionários, número que deve chegar a cerca de 300 até no pico das obras, no segundo semestre de 2012. A expectativa da empresa é implantar um terceiro turno até janeiro de 2012.

No momento as obras seguem com cerca de 64% da terraplanagem já realizada, 1.375 estacas cravadas, 276 blocos de concreto executados e 22 pilares instalados. Mais de 15% da obra foi concluída por uma equipe de 640 trabalhadores. Este número que deve chegar a quase 2.000 no pico dos trabalhos.

As obras do Itaquerão

Foto 1 de 151 - Ronaldo e Andrés Sanchez conversam perto de uma das traves do Itaquerão (20/10/2011)Rodrigo Paiva/UOL

As primeiras atividades de terraplenagem do futuro estádio tiveram início no fim de maio deste ano, com cerca de 20 trabalhadores em ação. A previsão inicial, que já estava longe do ideal, era de entrega do estádio para dezembro de 2013, a tempo para a Copa do Mundo, que começará no dia 12 de junho de 2014, mas não para a Copa das Confederações, marcada para junho de 2013.

Agora, com o fôlego que pretende ganhar a empreiteira com as ações previstas, espera-se que o Itaquerão esteja pronto para uso em setembro de 2013, com um tempo considerado razoável pela Fifa para os testes práticos por que deve passar a arena que pretende receber a abertura do Mundial de futebol.

As obras em Itaquera, zona Leste de São Paulo, contam hoje com 480 operários, que trabalham em turno único, das 7h30 às 17h30. A partir de terça, um novo turno será criado. Já a partir de janeiro de 2012, uma equipe de operários passará a atuar das 20h às 5h.

Cientistas conseguem fórmula de rejuvenescimento celular

http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/cientistas-conseguem-formula-de-rejuvenescimento-celular/n1597346800726.html

Cientistas franceses conseguiram recuperar a juventude de células de doadores centenários, ao reprogramá-las ao estágio de células-tronco, demonstrando assim que o processo de envelhecimento é reversível.

Trabalhos sobre a possibilidade de apagar as marcas do envelhecimento celular, publicados na edição desta terça-feira do periódico científico "Genes & Development", marcam uma nova etapa na direção da medicina regenerativa com vistas a corrigir uma patologia, ressaltou Jean-Marc Lemaitre, do Instituto de Genômica Funcional (Inserm/CNRS/Université de Montpellier), encarregado destas pesquisas.

Segundo um cientista do Inserm, outro resultado importante destes trabalhos é compreender melhor o envelhecimento e corrigir seus aspectos patológicos.

As células idosas foram reprogramadas 'in vitro' em células-tronco pluripotentes iPSC (sigla em inglês para células-tronco pluripotentes induzidas) e, com isso, recuperaram a juventude e as características das células-tronco embrionárias (hESC).

Estas células podem se diferenciar dando origem a células de todos os tipos (neurônios, células cardíacas, da pele, do fígado...) após a terapia da "juventude" aplicada pelos cientistas.

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Desde 2007 os cientistas demonstraram ser capazes de reprogramar as células adultas humanas em células-tronco pluripotentes (iPSC), cujas propriedades são semelhantes às das células-tronco embrionárias. Esta reprogramação a partir de células adultas evita as críticas ao uso de células-tronco extraídas de embriões.

Nova etapa
Até agora, a reprogramação de células adultas tinha um limite, a senescência, última etapa do envelhecimento celular. A equipe de Jean-Marc Lemaitre acaba de superar este limite.. A equipe de Jean-Marc Lemaitre acaba de superar este limite.

Os cientistas primeiro multiplicaram células da pele (fibroblastos) de um doador de 74 anos para alcançar a senescência, caracterizada pela suspensão da proliferação celular.

Em seguida, eles fizeram a reprogramação 'in vitro' destas células. Como isto não foi possível com base em quatro fatores genéticos clássicos de transcrição (OCT4, SOX2, C MYC e KLF4), eles adicionaram outros dois (NANOG e LIN28).

Graças a este novo 'coquetel' de seis ingredientes genéticos, as células senescentes reprogramadas recuperaram as características das células-tronco pluripotentes de tipo embrionário, sem conservar vestígios de seu envelhecimento anterior.

"Os marcadores de idade das células foram apagados e as células-tronco iPSC que nós obtivemos podem produzir células funcionais, de todos os tipos, com capacidade de proliferação e longevidade aumentadas", explicou Jean-Marc Lemaitre.

Os cientistas em seguida testaram com sucesso seu coquetel em células mais envelhecidas, de 92, 94, 96 até 101 anos.

"A idade das células não é definitivamente uma barreira para a reprogramação", concluíram.

Estes trabalhos abrem o caminho para o uso de células reprogramadas iPS como fonte ideal de células adultas toleradas pelo sistema imunológico para reparar órgãos ou tecidos em pacientes idosos, acrescentou o cientista.

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Oito anos após derrubar lei da anistia, Argentina condena militares por tortura e homicídios

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/10/111026_argentina_esma_mc.shtml

Marcia Carmo

De Buenos Aires para a BBC Brasil

Uma maternidade para prisioneiras chegou a funcionar na Esma, hoje um museu
Oito anos após o fim das leis de anistia, a Justiça da Argentina condenou, nesta quarta-feira, 16 militares por crimes contra a humanidade. Os oficiais foram responsabilizados por torturas e mortes ocorridas na Escola Superior da Marinha (Esma), em Buenos Aires.

Na sentença, treze foram condenados à prisão perpetua e os outros a mais de dezoito anos de prisão. Dois foram absolvidos.

A Esma foi definida por entidades de direitos humanos como "um dos maiores centros de detenção clandestina e de extermínio" da última ditadura argentina (1976-1983).

Durante a leitura da sentença, o juiz disse que os réus foram "condenados por perseguições, homicídio qualificado e roubo de bens da vitima".

VeredictoOs acusados foram condenados por crimes contra 86 pessoas, das quais 28 continuam desaparecidas e cinco foram assassinadas.

A decisão da Justiça foi tomada após 22 meses de investigação. Mais de 160 pessoas foram ouvidas.

O veredicto foi transmitido ao vivo pelas principais emissoras de televisão do país e através de um telão em frente ao tribunal, em Buenos Aires.

Familiares das vitimas acompanharam o julgamento na sala de audiência do tribunal e aplaudiram quando foi lida a sentença.

VítimasA Justiça estima que cinco mil vítimas da ditadura argentina passaram pelas instalações da Esma.

Entre as vitimas "de tormentos e homicídios" está Azucena Villaflor, uma das fundadoras da organização Mães da Praça de Maio, que denunciava a repressão e procurava um filho desaparecido na época.

Duas freiras francesas que apoiavam o grupo, Alice Domon e Leonie Duquet, e o escritor Rodolfo Walsh também estiveram presos na Esma.

"É um dia histórico. Marca o enorme avanço na luta coletiva pelos direitos humanos", disse Patrícia Walsh, filha do escritor, cujo corpo nunca foi encontrado.

Maternidade clandestina
Militantes foram lançados vivos no rio da Prata; leis de anistia foram promulgadas por Alfonsín
No local chegou a existir uma maternidade clandestina, segundo a organização Avós da Praça de Maio. O grupo luta para identificar os filhos de militantes que deram a luz no local e tiveram seus bebês adotados por membros da ditadura.

Entre os condenados a prisão perpétua está o ex-capitão de fragata Alfredo Astiz, que ficou conhecido como "anjo loiro" ou "anjo da morte".

Astiz foi acusado de se infiltrar em entidades de direitos humanos e de entregar doze pessoas aos repressores, entre as quais Azucena Villaflor.

Em entrevista à BBC Brasil, a advogada Carolina Varsky, da ONG CELS (Centro de Estudos Legais e Sociais), disse que o veredicto era esperado "há muito tempo". "Muitas famílias lutaram durante anos por este momento", disse.

Anistia
A investigação sobre os crimes cometidos na Esma foi aberta nos anos 1980, após a redemocratização do país. O inquérito foi depois arquivado com as leis do Ponto Final (1986) e da Obediência Devida (1987).

As leis, que anistiaram os agentes da ditadura, foram promulgadas durante o governo do presidente Raul Alfonsín (1983-1989).

Em 2003, o Congresso aprovou um projeto de lei enviado pelo então presidente Nestor Kirchner (2003-2007) que abriu caminho para o retorno dos julgamentos.

Na mesma ocasião, a Justiça também declarou inconstitucionais os indultos dados pelo ex-presidente Carlos Menem (1989-1999) beneficiando repressores e ex-guerrilheiros.

Ativistas de direitos humanos esperam que a Justiça ainda dê seu veredicto sobre casos vinculados aos chamados ‘voos da morte’, quando presos políticos eram lançados vivos no rio da Prata e no mar.

Por determinação do ex-presidente Kirchner, a Esma foi transformada em um "centro cultural e de memória".

Cientistas testam terapia genética inédita para salvar visão de britânico

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/10/111028_terapia_genetica_visao_fn.shtml

Pallab Ghosh

Repórter de ciência da BBC

Pesquisadores de Oxford, na Grã-Bretanha, trataram um paciente britânico com uma terapia genética inédita para evitar que ele perdesse a visão.

A técnica é uma versão avançada de um tratamento desenvolvido há quatro anos em Londres. Pela primeira vez, cientistas tentaram compensar um problema genético nas células que captam a luz, posicionadas no fundo do olho, injetando cópias de genes saudáveis.

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Tópicos relacionadosCiência e Tecnologia, SaúdeO paciente é um advogado de Bristol, Jonathan Wyatt, de 63 anos, que sofre de uma condição genética conhecida como choroideremia. Wyatt foi o primeiro de 12 pacientes submetido à técnica experimental. A experiência com a nova técnica deve durar dois anos no Hospital John Radcliffe, de Oxford.

O médico de Wyatt, professor Robert MacLaren, acredita que só dentro de dois anos poderá terá certeza se a degeneração da visão do paciente parou de avançar. Se isto ocorrer, a visão do advogado terá sido salva.

"Se isto funcionar então vamos querer tratar pacientes muito mais cedo, na infância, quando eles ainda tem visão normal (...) para evitar que eles percam a visão", afirmou.

MacLaren afirma que, se esta terapia funcionar, poderá ser usada também para outras doenças da visão, incluindo a forma de cegueira mais comum entre idosos, a degeneração macular.

"Esta é uma doença genética e não tenho dúvidas de que, no futuro, vai haver um tratamento genético para ela", disse.

Visão prejudicadaJonathan Wyatt enxergava normalmente até os 19 anos, quando começou a ter problemas para enxergar em ambientes escuros. Médicos disseram que a visão dele iria piorar e que ele poderia ficar cego.

Há dez anos ele começou a ter dificuldades para ler declarações durante julgamentos, em salas com menos iluminação.

"A pior ocasião foi quando eu estava lendo uma declaração para a corte e cometi um erro. O juiz me perguntou 'O senhor não sabe ler, Sr. Wyatt?'. Então decidi abandonar a advocacia", disse.

Atualmente ele trabalha em casa e, sem o tratamento, aguardava ficar cego dentro de poucos anos. O advogado espera que o tratamento permita que ele continue em sua profissão.

A doença de Wyatt, choroideremia, é rara e é causada por uma versão defeituosa do gene chamado REP1. O problema faz com que as células do olho que detectam a luz, que ficam no fundo do olho, morram.

Os portadores da doença tem uma visão normal, mas, no final da infância, começam a deixar de ver durante a noite.

A partir daí a visão entra em fase de gradual degeneração. Os médicos afirmam que os pacientes podem perder totalmente a visão quando estão por volta dos 40 anos. Não havia tratamento para este problema.

A nova terapia genética testada em Oxford é simples: o processo de morte das células detectoras de luz é suspenso quando cópias sem defeito do gene REP1 são injetadas nestas células.

Tratamentos em dez anosA pesquisa de Oxford foi feita depois de um teste com terapia genética que começou há quatro anos no Hospital Moorfields, em Londres. O objetivo principal destes testes é demonstrar que a técnica usada em Londres é segura.

O tratamento, que adota um procedimento um pouco diferente, foi testado primeiro em adultos que já tinham perdido quase toda a visão e depois em crianças.

De acordo com o professor Robin Ali, que liderou esta pesquisa, os testes mostraram que a terapia genética é segura e que houve uma melhora significativa em alguns pacientes.

O presidente da Academia de Ciências Médicas da Grã-Bretanha, John Bell, afirmou que estes testes de terapias genéticas em Oxford e Londres sugerem que vários problemas de visão sem cura poderão ter um tratamento "dentro dos próximos dez anos".

Estudo diz que aspirina pode reduzir chances de câncer no intestino em casos de risco

http://www.bbc.co.uk/portuguese/ultimas_noticias/2011/10/111028_aspirina_cancer_intestino_rn.shtml

Atualizado em 28 de outubro, 2011 - 06:20 (Brasília) 08:20 GMT

Uma nova pesquisa publicada nesta sexta-feira na revista científica The Lancet afirma que o uso diário de aspirina pode reduzir as chances de câncer no intestino em pessoas que têm alto risco de contrair a doença.

O estudo afirma que houve redução de 60% na incidência de câncer de intestino em pessoas com histórico da doença na família entre um grupo que tomou duas aspirinas por dia ao longo de dois anos.

Muitos médicos recomendam o uso frequente de aspirina para reduzir o risco de ataque cardíaco e problemas de circulação, apesar de os comprimidos também trazerem alguns efeitos colaterais.

Sindicato global mira obras da Copa 2014 e defende possível greve geral

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/10/111026_copa_greve_jf.shtml

João Fellet

Da BBC Brasil em Brasília

Até agora, greve mais longa ocorreu no Maracanã: foram 19 dias
Um sindicato global que coordenou uma série de greves e mobilizações em obras da última Copa do Mundo, na África do Sul, agora tenta articular sindicatos brasileiros para exigir maiores salários e melhores condições de trabalho na construção e reforma dos estádios nacionais que vão sediar o próximo evento, em 2014.

Segundo um representante da ICM (Internacional de Trabalhadores da Construção e Madeira), grupo que representa 12 milhões de trabalhadores mundo afora, a pressão para acelerar as obras da Copa no Brasil e condições inadequadas de trabalho estão sobrecarregando os operários, que em resposta poderão organizar uma greve geral no ano que vem, a exemplo do que ocorreu na véspera do Mundial na África do Sul.

Na África do Sul, uma campanha semelhante orquestrada pela ICM provocou 26 mobilizações e uma greve geral, que durou oito dias e paralisou 70 mil operários.

As ações geraram temores de que as obras não seriam concluídas a tempo, o que não ocorreu, e resultaram em aumento salarial de 12% para os trabalhadores sul-africanos, além de vários benefícios.

"Essa experiência gerou uma linha de atuação para grandes eventos esportivos e pode se estender também às Olimpíadas de 2016", diz Rombaldi.

Ano-chave"Se não houver uma negociação à altura de uma Copa do Mundo, que garanta aos trabalhadores condições dignas de trabalho, registro em carteira, uniformidade entre o que é pago numa cidade e em outra, é bem possível que ocorra (uma greve geral em 2012) "

Maurício Rombaldi, membro da ICM e coordenador da Campanha por Trabalho Decente na Copa 2014
Segundo Rombaldi, 2012 será um ano-chave para as negociações entre sindicatos brasileiros e as empreiteiras com obras da Copa, já que muitas construções que mal começaram têm como prazo o fim daquele ano. Isso, diz ele, resultará numa "tremenda pressão sobre os trabalhadores".

"A Copa deve deixar um legado social, deve servir de exemplo. Lutamos para que os trabalhadores atuem em boas condições, estejam mais capacitados, tenham bons salários e capacidade de emprego após a Copa."

Para José Roberto Bernasconi, presidente do Sinaenco (sindicato que representa as empresas de arquitetura e engenharia consultiva), a escassez de mão de obra na construção civil deixa os operários em posição vantajosa na negociação com as empreiteiras. "Isso pode até nos incomodar, mas no fim das contas é justo e correto que seja assim."

Ele afirma, no entanto, que eventuais greves podem atrasar obras que estão com o cronograma apertado. "Quando o cronograma tem mais folga, fica mais fácil lidar com fatores imponderáveis [como problemas climáticos ou reivindicações trabalhistas]. Mas como não temos essa folga, o problema é muito maior."

Mobilizações
Entre a reivindicações dos operários do Maracanã estavam maior segurança e plano de saúde individual

No Brasil, a ICM já se aproximou da maioria dos sindicatos envolvidos nas obras da Copa e apoiou dez greves e mobilizações ocorridas neste ano nos estádios Mané Garrincha (Brasília), Maracanã (Rio), Fonte Nova (Salvador), Castelão (Fortaleza), Arena Pantanal (Cuiabá) e Mineirão (Belo Horizonte).

A paralisação mais longa, no Maracanã, durou 19 dias. Os operários reivindicavam aumento do valor da cesta básica, plano de saúde individual, abono dos dias parados, segurança e melhoria da qualidade da comida.

Rombaldi diz que ainda que essas dez ações tenham resultado em ganhos para os trabalhadores, a pauta de demandas se renova constantemente, à medida que, por exemplo, ocorrem acidentes ou operários de algumas obras obtenham ganhos que outros não possuem.

Ele diz que há grande disparidade entre os benefícios concedidos nas obras de estádios em cidades grandes, como São Paulo, e em cidades menores, como Cuiabá.

Segundo Rombaldi, uma das principais atribuições da ICM é servir como fonte de dados aos sindicatos, deixando-os a par de outras negociações. "Difundimos informações para que os sindicatos trabalhem conjuntamente, para que saibam qual o limite que podem exigir".

Ele afirma que todos os sindicatos das cidades sede da Copa, além de outras organizações afiliadas da ICM, se reunirão em 17 e 18 de novembro para que atuem juntos nas negociações no ano que vem.

O encontro servirá para que os trabalhadores deliberem não só sobre a construção e reforma dos estádios, mas também sobre todas as obras de infraestrutura (como em aeroportos e corredores de ônibus) ligadas à Copa.

SaláriosDe acordo com Rombaldi, as construtoras estão pagando salários abaixo do mercado nas obras da Copa e há grande cobrança quanto à velocidade das construções. Ele ainda afirma que alguns alojamentos estão em péssimas condições.

"Os estádios são o grande chamariz da Copa e têm que ser exemplo de como se dão relações de trabalho. Se a situação é assim na Copa, quando há algum acompanhamento, imagine em obras menores de construção civil ou em hidrelétricas de difícil acesso."

Rombaldi afirma que a campanha pretende ir além da articulação com sindicatos e apoiar movimentos sociais em iniciativas contra remoções forçadas para obras da Copa.

Ele diz não temer as ameaças de que, caso as obras não avancem no ritmo previsto, o Brasil poderá perder o direito de sediar o evento.

"Existe pressão, a Fifa diz que pode tirar a Copa do Brasil, mas estamos falando de dignidade, de trabalho decente. Sem isso, não há justificativa para realizar uma Copa do Mundo."

DiálogoResponsável ou corresponsável por obras em quatro estádios da Copa, a Odebrecht afirmou que mantém constante diálogo com sindicatos e que todas as condições de trabalho, incluindo os salários e situação de alojamentos, são objeto de acordos homologados pela Justiça Trabalhista.

"A intensificação do ritmo das obras, quando necessária, é feita em comum acordo com os sindicatos, mediante a contratação de mais trabalhadores, podendo chegar até a abertura de novos turnos de trabalho", diz a empresa.

A Andrade Gutierrez, que atua em quatro estádios, disse respeitar todas as determinações da legislação para contratação da mão de obra e os acordos sindicais.

A empresa diz ainda priorizar a qualificação e segurança dos trabalhadores, o respeito ao meio ambiente e o atendimento às leis vigentes.

A BBC Brasil também procurou a OAS e a Santa Bárbara (construtoras envolvidas na construção ou reforma de outros três estádios), mas elas não se manifestaram sobre as críticas.


Colaborou Paulo Cabral, da BBC em São Paulo

Kaddafi foi estuprado antes de morrer

http://www.cartacapital.com.br/internacional/kaddafi-foi-estuprado-antes-de-morrer

Redação Carta Capital

27 de outubro de 2011 às 11:45h


Um vídeo amador foi divulgado com imagens de rebeldes tentando violar o ex-ditador. Foto: Alessandro Bianchi/Reuters/Latinstock

Um vídeo amador gravado no momento da captura do ex-ditador líbio Muammar Kaddafi, morto em 20 de outubro, indica que o líder teria sido estuprado pouco antes de morrer. A imagem mostra um rebelde tentando inserir uma faca ou instrumento similar no ânus do ex-presidente.

Organizações de direitos humanos já pediram uma investigação formal sobre as circustâncias da morte do ditador. Aparentemente, Kaddafi morreu com um tiro na cabeça e no peito, disparados depois de que já estava nas mãos do Conselho Militar de Misrata, que apoia o Conselho Nacional de Transição (CNT), vencedor da guerra civil na Líbia.

O CNT confirmou à BBC que está investigando as versões de que o líder deposto foi vítima de abuso sexual momentos antes de morrer. A investigação foi motivada por imagens captadas por um telefone celular logo após sua captura, na cidade de Sirte. Segundo a correspondente da BBC, Katya Adler, “Khadafi é rodeado por uma multidão de combatentes anti-Khadafi”. “A gravação parece mostrar o ex-ditador da Líbia sendo submetido a um abuso sexual”.

Denúncias de violações de direitos humanos circundam os dois lados da batalha. Kaddafi foi acusado de utilizar o estupro como arma de guerra. Ao jornal francês Le Figaro, Luis Moreno-Ocampo, procurador-chefe da Corte Criminal Internacional (CCI), disse que contêineres repletos de Viagra eram entregues aos soldados para que realizassem o ato. São estimados cerca de seis mil casos na guerra que assolou o país nos últimos meses.

Além disso, Kaddafi foi denunciado por violar sexualmente moças de sua guarda pessoal. Obrigadas a se alistarem, elas eram depois abusadas pelo coronel, seus filhos e membros do alto escalão do exército líbio.

Escravidão no cerne do capitalismo de ponta

http://www.cartacapital.com.br/destaques_carta_capital/escravidao-no-cerne-do-capitalismo-de-ponta

Clara Roman

27 de outubro de 2011 às 10:26h


Pesquisadora que participou do estudo da OIT sobre o trabalho escravo afirma que esse modo de produção tem ganhado espaço na era da globalização. Foto: Cícero R. C. Omena
O trabalho escravo rural no Brasil é uma das peças que constituem o desenvolvimento do capitalismo de ponta no país. Divulgado na terça-feira 26, um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) traçou um perfil dos trabalhadores e empregadores desse processo. Adonia Prado, pesquisadora Grupo de Estudo e Pesquisa Trabalho Escravo Contemporâneo da Universidade Federal do Rio de Janeiro e que participou do estudo, alerta que esse tipo de trabalho, abolido em 1888, faz parte da estrutura do capitalismo avançado e da produção de commoditties atuais.

“Ele é funcional a esse modo de produção globalizado altamente concetrador de renda”, explica Prado. Segundo a pesquisadora, essa exploração vem ganhando espaço no mundo todo e existe, em graus diferentes, em quase todos os países. São empreendimentos de ponta, diz ela, que produzem para exportação. Na cidade, o trabalho escravo também está ligado a grandes marcas, como foi o caso recente com a loja Zara, que comprava roupas de confecções ilegais e escravagistas. “Não é resquício de outros tempos”, diz ela.

O estudo da OIT mostrou que a maior parte dos trabalhadores era negra (18,2%) e parda (62%) e veio do nordeste para as regiões norte e centro-oste, onde acabaram “presos” em fazendas escravagistas. O endividamento e falta de localização – as fazendas são afastadas de centros urbanos e pontos de referência e em regiões estranhas aos empregados – são as principais razões para que os trabalhadores não consigam sair dessa condição. Apesar de não ter visto nenhum capataz nas visitas de fiscalização para a produção do estudo, Prado aponta que documentos de seu grupo de estudos constataram a presença dessa figura, que utiliza a violência como forma de coerção para manter a prisão, em outras visitas feitas.

Na maioria dos casos, o trabalhador é obrigado a comprar comida e equipamento do patrão. Ao final do mês, ele deve mais do que ganhou. “Na maioria dos casos o trabalhador pobre tem um senso moral muito aguçado”, comenta Prado. “E fica
com a consciência culpada; acha que deve ao patrão”, diz ela.

“Vale a pena para os empregadores manter essa condição sub-humana”, diz ela. O empregador, cujo perfil é do homem branco e nascido na região sudeste, considera que o custo final do produto é menor que o do trabalhador que tenha seus direitos protegidos. A pesquisadora explica que até hoje nenhum empregador foi para a prisão por ter propriedades com trabalho escravo, apesar de inúmero julgamentos que já ocorreram. “No máximo pegam pena de prestação de seviços comunitários”, conta ela.

Prado indica que há um movimento de rechaçamento deste tipo de prática. O Ministério do Trabalho disponibilizou em sua página uma lista com 245 empregadores que devem ser evitados tanto na hora de pedir emprego quanto pelos compradores de seus produtos. “Essa indicação faz com que esses empredores percam mercado porque muitas empresas inclusive fora do Brasil deixam de se interessar”, diz ela, que aponta para a criação de dificuldades econômicas para os empreendores como uma das maneiras de se erradicar esse modo de produção desumana.

Investigação termina em pizza

http://www.cartacapital.com.br/politica/terminou-em-pizza

Redação Carta Capital

Deputado Bruno Covas (PSDB) relatou tentativa de subordo, mas depois se negou a dar nomes.

Sem sequer ter aprovado um relatório e tendo ouvido apenas um deputado, o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo decidiu, na quinta-feira 27, encerrar as investigações sobre um suposto esquema de venda de emendas parlamentares.

Por 5 votos a 2, um requerimento proposto por Campos Machado (PTB) foi aprovado e o material colhido deve ser encaminhado em até 15 dias ao Ministério Público Estadual. O resultado dos trabalhos da Comissão é ínfimo: apenas três requerimento foram aprovados convidando os deputados Major Olímpio (PDT), Roque Barbiere (PTB) e o secretário estadual do Meio Ambiente Bruno Covas (PSDB) a depor.

Dos três, apenas Olímpio depôs. Os outros dois limitaram-se a enviar uma resposta escrita à comissão. Barbiere, o pivô das denúncias, disse em entrevista a um jornal regional que até 30% dos parlamentares da casa exigiam contrapartidas para aprovarem emendas. Covas, por sua vez, relatou a uma rádio uma situação em que teriam tentado corrompê-lo. Criticado por não ter denunciado o caso à época, o secretário do Meio Ambiente voltou atrás e disse ter se referido a uma situação hipotética. A oposição criticou a aprovação do requerimento.

O deputado João Paulo Rillo (PT) afirmou que uma grande pizza será enviada ao MP paulista. Os petistas tentam agora emplacar uma CPI para apurar as denúncias. Até agora, eles contam com 30 assinaturas das 32 necessárias. O 30º deputado a apoiar a apertura de uma comissão de inquérito foi o próprio Barbiere.

Ficha limpa até quando?

Insuficiente ou não, acho uma boa iniciativa.

Edgard Catoira

28 de outubro de 2011 às 10:30h

“À mulher de Cesar não basta ser honesta; tem de parecer honesta”. A frase, bem conhecida, é de César, não o Maia, mas o Julio. Do Maia, ex-prefeito do Rio, certamente não se tem conhecimento de qualquer frase que entrará para a história dos grandes personagens da humanidade, como o Julio.

Mas o início deste texto está ligado ao sucessor de Cesar, o Maia: Eduardo, o Paes, atual prefeito do Rio de Janeiro, que acaba de editar o decreto, o 34629, publicado no Diário Oficial desta quinta-feira, dia 20, exigindo ficha limpa para todos os integrantes do seu governo.


Todos os assessores diretos do prefeito Eduardo Paes têm até o final do ano para comprovar que são “ficha limpa”. Do contrário, serão banidos. Foto: Antonio Cruz/ABR
Não só as mulheres, mas também os homens de Paes, enfim, todos seus assessores diretos, têm até o final do ano para comprovar que são “ficha limpa”. Do contrário, serão banidos.

A iniciativa é positiva, mas será que impedirá que a Prefeitura do Rio fique imune a “maracutaias” (célebre expressão cunhada pelo ex-presidente Lula)?

Será que integrantes do primeiro escalão da Prefeitura carioca, acusados de circular em campanhas eleitorais com milicianos da Zona Oeste da cidade, serão afastados?

Será que os convênios olímpicos serão executados com lisura? Os cofres da Prefeitura do Rio nunca estiveram tão cheios…

Sejamos otimistas e esperemos que sim. A faxina contra os maus feitos, por todo Brasil, não pode ser mal feita.

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De qualquer forma, sejamos otimistas e esperemos que sim. O problema é que Orlando Silva, o cantor das multidões, digo, o ex-Ministro do Esporte, tem ficha limpa. Pedro Novais, defenestrado da pasta do Turismo por irregularidades, tinha ficha limpa. Alfredo Nascimento, ex dos Transportes, ainda tem a ficha limpa. O ex-ministro Palocci também tem a ficha limpa. E aí, como fica?

“Sabemos que os integrantes do PCdoB, se não forem muito atentos, verão sua bandeira perder a foice e o martelo para dar lugar à marreta e ao pé de cabra. E todos os demais? O que esperar?”, se pergunta este raposão velho da política brasileira.

A chave talvez seja o segundo requisito exigido por Cesar, o Julio: “precisam parecer honestas.” Os personagens citados acima tinham boa reputação?

Dizem que não…

Promotor que fará ação contra Enem tentou anulá-lo no ano passado

Em 2010, Oscar Filho pediu suspensão do exame, depois tentou tirar do ar o Sisu e pediu direito a recurso na prova. Perdeu todas
iG São Paulo


O promotor Federal no Ceará, Oscar Filho, que promete ação contra o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) trava disputa com o Ministério da Educação desde o ano passado – quando perdeu três empreitadas. Dessa vez, diante da denúncia de que o Colégio Christus aplicou, na semana passada, um simulado com questões idênticas as do exame ele avisou que vai brigar novamente.


A princípio falou em pedir a anulação do processo todo e, no começo da noite, refez o discurso para solicitar a invalidez das nove questões usadas antes da prova. Em 2010, Oscar Filho também tentou anular o exame.

Em novembro, logo após o exame ser aplicado com problemas de impressão em um lote e de troca do cabeçalho do gabarito, ele pediu a anulação do processo. Teve êxito na primeira instância e o gabarito oficial chegou a ser bloqueado pela Justiça, mas a decisão foi derrubada pelo Ministério da Educação em seguida, que, com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) comprovou que poderia aplicar outra prova apenas aos prejudicados.

Em janeiro, quando o Sistema de Seleção Unificado (Sisu) para as universidades federais foi aberto, ele pediu novamente que as inscrições fossem impedidas. Neste caso, o argumento era que muitos estudantes reclamavam da nota obtida e não havia como conferi-la já que não se sabe quanto vale cada questão. Mais uma vez, a Justiça deu ganho de causa para o Ministério da Educação, desta vez para não atrasar o processo de matrícula nas universidades.

A terceira tentativa de Filho foi permitir que os candidatos tivessem direito a recurso. O Ministério da Educação ganhou novamente, alegando que nenhum vestibular o permitia, mas dessa vez houve um ganho parcial do promotor. Depois de meses de recursos judiciais, o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais, responsável pela aplicação do Enem, fez um acordo com o Ministério Público para que edições futuras permitissem aos candidatos visualizar a correção que foi feita de sua prova.

Governo só investe 9% do aumento de impostos

http://www1.folha.uol.com.br/poder/999243-governo-so-investe-9-do-aumento-de-impostos.shtml

DE SÃO PAULO

Uma fatia pequena do aumento expressivo da carga tributária ocorrido desde meados da década de 90 se traduziu em novos investimentos públicos no Brasil, informa reportagem de Érica Fraga, publicada na Folha desta segunda-feira (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

De acordo com cálculo feito pelo economista Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central, de cada R$ 100 a mais em impostos arrecadados entre 1995 e 2010, apenas R$ 8,6 foram direcionados para elevar investimentos feitos pelo governo.

Entre os investimentos estão construção de escolas e hospitais, ampliação de portos e aeroportos e melhorias em estradas.

Segundo especialistas, a estrutura do gasto público brasileiro limita o crescimento econômico do país.






Inca anuncia novas recomendações para tratamento do câncer de mama

http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,inca-anuncia-novas-recomendacoes-para-tratamento-do-cancer-de-mama,792632,0.htm

Diretriz do Instituto do Câncer estabelece prazo máximo entre diagnóstico e cirurgia, entre outros itens

30 de outubro de 2011 22h 00

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) divulga hoje uma lista de recomendações para o controle da mortalidade do câncer de mama. Entre as medidas, estabelece em 3 meses o prazo máximo entre o diagnóstico de tumor e a cirurgia. Também fixa o período para o início das terapias complementares, como químio e radioterapia - entre 60 e 120 dias após o tratamento inicial.

A divulgação faz parte das ações da instituição no Outubro Rosa, movimento internacional que busca chamar a atenção para a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama.

A cirurgia logo depois do diagnóstico garante maior sobrevida às pacientes. Estudos científicos mostram que a demora superior a três meses compromete a expectativa de vida das mulheres. As pacientes que se tratam pelo Sistema Único de Saúde (SUS) precisam esperar 188 dias, em média, entre o diagnóstico e a cirurgia, segundo levantamento divulgado pela Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama). Essa espera cai para 15 dias se a pessoa tiver plano de saúde.

As sete recomendações divulgadas pelo Inca não têm força de lei, mas se forem seguidas pelas secretarias municipais e estaduais de saúde e pelos consultórios particulares têm potencial para reduzir a mortalidade e melhorar a qualidade de vida das pacientes com tumores de mama. Esse é o tipo de câncer que mais mata na população feminina - 12 mil mulheres morrem por ano em decorrência da doença.

Tratamento

"Essas recomendações são um desdobramento do que a gente sugeriu no ano passado, quando o foco foram estratégias para detecção precoce. Detectar não é um fim em si mesmo. O importante é que se instituam medidas necessárias para que o câncer seja tratado adequadamente", afirmou o oncologista José Bines, responsável pelo grupo de tumor de mama do Inca.

"O País é grande, heterogêneo, e a ideia é instituir parâmetros mínimos para que sejam alcançados em todo o território nacional. O ideal é que a cirurgia e as terapias sejam feitas o mais breve possível. Estabelecemos tempos máximos; os lugares que estão fazendo em menos tempo, melhor".

Segundo o Inca, toda mulher deve ter seu diagnóstico complementado com a avaliação do receptor hormonal. "A maior parte dos tumores de mama são alimentados pelo hormônio feminino. No exame do tumor como um todo, o patologista identifica a presença ou não do receptor hormonal. E este receptor está presente em 70 a 80% dos casos", explica Bines. "Se estiver presente, é preciso fazer um tratamento anti-hormonal para inibir esse potencial crescimento." Essa terapia também está no rol divulgado pelo Inca - se indicada, deve ser iniciada em até 60 dias depois da cirurgia.

O Inca também recomenda que as mulheres com câncer de mama sejam acompanhadas por equipe multidisciplinar de especialistas (oncologista, cirurgião, radioterapeuta, enfermeiros, psicólogo) e tratadas em ambiente acolhedor, com acesso a cuidados paliativos. Os hospitais também devem ter Registro de Câncer em atividade, serviço que permite coletar informações para monitorar e avaliar a qualidade do tratamento oferecido às pacientes.

Eficiência energética: caminho sem volta

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,eficiencia-energetica-caminho-sem-volta-,792754,0.htm

DANIEL FIGUEIREDO, DIRETOR COMERCIAL DA DALKIA BRASIL - O Estado de S.Paulo

A eficiência energética, a princípio, está presente no nosso dia a dia. Em termos gerais, está ligada à otimização do uso de recursos, ou seja, tornar eficiente o consumo, em especial de energia elétrica, de derivados de petróleo, gás natural e água, com vistas à economia. Portanto, desde o controle de um banho quente à elaboração de um plano integrado de monitoramento em uma multinacional, tudo passa pela eficiência energética.


No decorrer do nosso dia, temos infinitas possibilidades de praticar a eficiência energética, com uma pequena mudança de comportamento. A simples opção por um chuveiro a gás no lugar de um elétrico pode gerar economia de energia, assim como o apagar das luzes quando se deixa um cômodo.

Em maiores proporções, as empresas também podem adotar medidas para redução do consumo, como dar preferência a plantas nativas nos jardins internos, para redução de água, e utilizar pressurizadores nas torneiras. Com foco em energia, a pintura de telhados na cor branca reflete a luz solar e impacta diretamente na redução da necessidade de ar-condicionado, assim como o uso de sistemas de controle de iluminação e ar-condicionado setorizados e a própria manutenção preventiva dos equipamentos.

Um estudo realizado pela Abesco (Associação Brasileira de Empresas de Serviços de Conservação de Energia), em 2010, aponta que o desperdício energético no Brasil chega a R$ 15 bilhões/ano. Já dados do Banco Mundial indicam que, se aprendêssemos a usar efetivamente nosso potencial de eficiência energética, economizaríamos mais de R$ 4 bilhões/ano, apenas racionalizando o uso de nossos recursos.

Porém, embora sejam inúmeras as vantagens da eficiência energética, como redução de custos, de emissão de poluentes e de recursos naturais, no Brasil ela ainda é pouco praticada. Os esforços, ainda tímidos, surgem, em grande parte, para atender a uma demanda de empresas multinacionais que já têm a preocupação com a sustentabilidade e só se instalam em prédios com tecnologias "verdes".

A solução para o estímulo à eficiência energética pode estar nas mãos do próprio governo que, por meio de mais fiscalização e planejamento, pode atrair o comportamento positivo das pessoas e das empresas. Um bom plano de incentivos à indústria e uma campanha de mídia podem promover os benefícios da eficiência energética.

Paralelamente, o empresariado pode se mobilizar para dar cada vez mais preferência à compra de itens produzidos por empresas que já empreguem medidas "verdes" no processo produtivo, gerando aumento de competitividade.

Neste ano, foi criada a norma ISO 50001 para orientar organizações na elaboração de processos de gestão do uso da energia, para que sejam capazes de avaliar os próprios desempenhos energéticos e reduzir custos.

A área industrial, inicialmente, é onde se concentra uma das maiores possibilidades de redução. Há possibilidades de reaproveitamento de subprodutos para geração de energia e mesmo a produção de energia de biomassa (queima de produtos de origem orgânica para geração de energia).

No entanto, apesar de a indústria responder por mais de 40% do consumo total de energia no Brasil, o setor não é prioridade nos programas governamentais de eficiência energética, que focam os setores público, residencial e comercial, responsáveis por apenas 16% do consumo brasileiro. Paralelamente, cerca de 80% das oportunidades de economia de energia na indústria provêm de processos térmicos, enquanto as ações de eficiência energética do governo focam mais no consumo da energia elétrica.

No Brasil, esse tipo de projeto começa a ganhar força. No Rio Grande do Sul, já operamos uma planta que produz energia elétrica com a queima da casca de arroz, até então rejeitada pelos agricultores locais. O projeto trouxe uma nova renda para as famílias, uma nova utilidade ao que antes era considerado lixo e um enorme benefício ao meio ambiente.

Mas ainda temos muito o que fazer no caminho da sustentabilidade. Buscar inspiração em projetos que dão bons resultados pode ser um início. Nas cidades de Campinas, Guarulhos, São Carlos e Araraquara, em São Paulo e em Vila Velha, no Espírito Santo, por exemplo, foram implantados projetos que oferecem benefícios fiscais para proprietários de imóveis que adotem princípios de sustentabilidade (desconto de até 20% do valor atual do IPTU, por um período de até 5 anos). Um incentivo ainda tímido, mas com grande potencial de crescimento e replicação para várias outras cidades. A boa intenção é fundamental, mas a realidade é que o comportamento só muda quando há uma relação de benefício.

30 outubro 2011

População mundial atingirá 7 bilhões no dia 31 de outubro, diz ONU

A população mundial está crescendo em uma velocidade jamais vista e vai chegar a 7 bilhões no dia 31 de outubro, segundo a ONU.

Em 2050, este número deve alcançar 9,3 bilhões.


Até a metade deste século, segundo a ONU, este número vai praticamente triplicar, chegando a 2,4 bilhões.Alguns dos fatores que contribuem para o rápido aumento populacional são a alta taxa de natalidade em alguns países e a maior longevidade da população. Hoje, 893 milhões de pessoas tem mais de 60 anos.

A expectativa de vida média atual é de 68 anos, quando era de apenas 48 anos em 1950.

População envelhecida

Na Grã-Bretanha, o número de pessoas com mais de 85 anos mais do que dobrou entre 1985 e 2010 para 1,4 milhão, enquanto o percentual de pessoas com menos de 16 anos caiu de 21% para 19% no mesmo período, segundo estatísticas oficiais.

Helen Moores (BBC)

Aos 85 anos, Helen Moores atribui longevidade a vida ativa

Aos 85 anos, Helen Moores representa esta faixa da população britânica que está crescendo. Ela vive sozinha em Londres e atribui a longevidade a uma vida ativa e de muito trabalho.

"Eu me alistei no Exército aos 17 anos e servi por 12 anos em diversos países: Cingapura, Hong Kong, Egito e Chipre, onde conheci meu marido, 42 anos atrás", conta ela.

Moores diz que hoje tem uma vida confortável, mas teme que seus netos não tenham tanta sorte. Com a população trabalhando cada vez mais antes de se aposentar, ela acha que há menos oportunidades para jovens saindo da universidade.

"Eu me preocupo com eles. Não sei se vai haver empregos suficientes."

Baby boom

Já na Zâmbia, no sul da África, a grande questão para o governo é o altíssimo número de nascimentos. Com uma população de 13 milhões de pessoas, as estimativas são de que esse número triplique até 2050 e chegue a 100 milhões até o fim do século, fazendo com que o país tenha uma das populações mais crescem no planeta.

Robert Phiri e os filhos (BBC)

Zâmbia tem uma das populações que crescem mais rapidamente no mundo

Enquanto a fertilidade global caiu de cinco para 2,5 crianças desde 1950, as mulheres de Zâmbia tem seis filhos, em média.

Este também era o número de crianças que Robert e Catherine Phiri, de Lusaka, queriam ter, mas após o nascimento do terceiro bebê, eles não sabem se terão condições de criar mais filhos.

Robert trabalha como agricultor e ganha menos que o salário mínimo.

"É difícil comprar roupas. Todo o dinheiro é usado em comida. Compramos coisas usadas quando podemos", diz Catherine.

Ainda assim, a família tem grandes expectativas para os filhos, incluindo uma menina recém-nascida, que ainda não tem nome.

"Quando ela crescer, quero que ela vá para a escola e universidade para nos ajudar. Temos tão pouco dinheiro e nos preocupamos com o futuro", afirma Robert.

Segundo a ONU, que divulga nesta quarta-feira um relatório sobre o Estado da População Mundial, é preciso mais planejamento e investimento nas pessoas para lidar com a crescente população mundial e suas consequências - a necessidade por mais alimentos, água e energia e a maior produção de lixo e poluição.

"Permitindo que as pessoas melhores suas próprias vidas, podemos apoiar cidades sustentáveis, que sirvam como catalisadoras para o progresso, forças de trabalho produtivas que estimulem o crescimento econômico, populações jovens que contribuam para o bem-estar das economias e sociedades, e uma geração de pessoas idosas saudáveis, que estejam ativamente envolvidas nas questões sociais e econômicas de suas comunidades."