http://www.oempreiteiro.com.br/Publicacoes/11839/Especialistas_divergem_da_urgencia_do_TAV.aspx
Guilherme Azevedo, Joás Ferreira e Tatiana Bertolim

As opiniões de especialistas em infraestrutura de transportes sobre o trem de alta velocidade (TAV) brasileiro se dividem entre o fato de que a iniciativa não deveria ser prioridade do governo e a necessidade de melhoria do projeto de implantação do meio de transporte.
Frente ao nível de degradação e precariedade a que chegou a infraestrutura brasileira, o consultor em transporte Josef Barat diz que um investimento como o que se prevê para o trem de alta velocidade “soa como supérfluo e desnecessário, porque há outras prioridades importantes”.
Para ele, não se deve comparar a iniciativa do TAV com as demais demandas existentes no País. “O dilema não é esse. O dilema é a questão do transporte de carga, principalmente o ferroviário, diante de um investimento que, no final das contas, só vai favorecer o transporte de passageiros. Mesmo que ele favoreça um traçado densamente povoado, o volume da demanda é relativamente pequeno”, argumenta Barat.
A prioridade, na visão do consultor, deveria ser o investimento pesado na infraestrutura, nas instalações de apoio e no sistema multimodal que possa ser promovido pela ferrovia. O País, segundo ele, tem de ver “a ferrovia como um segmento importante para escoamento da produção, barateamento do abastecimento interno de mercadorias e ampliação da competitividade das exportações. A ferrovia deve ser vista como um instrumento de apoio ao desenvolvimento econômico e à melhoria da competitividade”.
A viabilização e a sustentabilidade econômica do TAV, segundo ele, são muito complicadas: “Tanto assim, que o governo já teve de adiar por várias vezes a licitação das obras. Isso em função de que ele não é essa maravilha que se apregoa, porque representa um risco muito grande. Para mitigar esse risco, o governo entra com uma série de facilidades. No final, se as coisas ficarem muito difíceis, ele vai acabar tendo de subsidiar”. (...)

As opiniões de especialistas em infraestrutura de transportes sobre o trem de alta velocidade (TAV) brasileiro se dividem entre o fato de que a iniciativa não deveria ser prioridade do governo e a necessidade de melhoria do projeto de implantação do meio de transporte.
Frente ao nível de degradação e precariedade a que chegou a infraestrutura brasileira, o consultor em transporte Josef Barat diz que um investimento como o que se prevê para o trem de alta velocidade “soa como supérfluo e desnecessário, porque há outras prioridades importantes”.
Para ele, não se deve comparar a iniciativa do TAV com as demais demandas existentes no País. “O dilema não é esse. O dilema é a questão do transporte de carga, principalmente o ferroviário, diante de um investimento que, no final das contas, só vai favorecer o transporte de passageiros. Mesmo que ele favoreça um traçado densamente povoado, o volume da demanda é relativamente pequeno”, argumenta Barat.
A prioridade, na visão do consultor, deveria ser o investimento pesado na infraestrutura, nas instalações de apoio e no sistema multimodal que possa ser promovido pela ferrovia. O País, segundo ele, tem de ver “a ferrovia como um segmento importante para escoamento da produção, barateamento do abastecimento interno de mercadorias e ampliação da competitividade das exportações. A ferrovia deve ser vista como um instrumento de apoio ao desenvolvimento econômico e à melhoria da competitividade”.
A viabilização e a sustentabilidade econômica do TAV, segundo ele, são muito complicadas: “Tanto assim, que o governo já teve de adiar por várias vezes a licitação das obras. Isso em função de que ele não é essa maravilha que se apregoa, porque representa um risco muito grande. Para mitigar esse risco, o governo entra com uma série de facilidades. No final, se as coisas ficarem muito difíceis, ele vai acabar tendo de subsidiar”. (...)
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