A desfassatez é tamanha que se parte até para o deboche! Hoje em dia não se tem nem vergonha de se aparecer em público para defender esse tipo de coisa.
Além da matéria, me dei ao trabalho de procurar algumas fotos do eminente deputado para lembrar dele nas próximas eleições:
http://www.al.sp.gov.br/portal/site/Internet/detalheDeputado?codigo=b9e78fa5c6a52010VgnVCM1000002e0014ac____&vgnextoid=4b9115f2ff7a7110VgnVCM100000590014acRCRD
http://www1.folha.uol.com.br/poder/1008323-sem-verbas-deputado-afirma-que-tera-de-barganhar-ternos.shtml
RODRIGO VIZEU
DE SÃO PAULO
O deputado estadual Luiz Carlos Gondim (PPS) disse ontem que vai apelar à "barganha" para comprar ternos após a Justiça ter suspendido o chamado "auxílio-paletó" aos legisladores paulistas.
Pela regra, cada deputado recebia, duas vezes ao ano, R$ 20 mil de ajuda de custo. "Você tem que procurar agora barganhar as coisas mais em conta, concorda comigo?"
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Historicamente o benefício surgiu com o argumento de que os deputados necessitavam de um extra para renovar o guarda-roupa. Na prática, não é preciso prestar conta, e a verba serve de salário extra. Os deputados recebem salário de R$ 20 mil.
Apesar do recurso ser livre, Gondim disse que via o dinheiro como um extra para vestuário: ele disse comprar cerca de quatro ternos, 20 camisas e 20 gravatas por ano.
"Normalmente você vai comprar um terno da VR [loja que vende modelos de R$ 690 a R$ 3.890], de qualidade especial. Agora é ir ali no shopping D [shopping popular de São Paulo] e procurar um terno de R$ 90, R$ 120."
Gondim afirmou que, apesar da restrição orçamentária, vai tentar um "meio termo de tecido bom, leve": "Um tecido especial, né, aquela lã fria. Você tem que usar uma coisa confortável. Saio daqui e vou para uma audiência a 220 km daqui. Se você não for confortável, está lascado".
Ele acrescentou às suas dificuldades o fato de ir às compras com a mulher: "Você que é casado vai com a esposa. Vai comprar a porra de um vestido: é R$ 200, R$ 400".
Ele disse nem gostar de terno, mas que "lamentavelmente as pessoas reparam".
Gondim alfinetou a Justiça e o Ministério Público: "Eu acato a decisão, mas eles poderiam andar com a gente: saem de casa, vão para a Promotoria, para o tribunal, de lá voltam para casa. A gente corre. Se você não está presente [na Assembleia], te esculhambam. Se não visita uma Santa Casa, te esculhambam".