22 novembro 2012

PSDB DÁ CORDA A BARBOSA, E PODE ACABAR ENFORCADO

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247 - A expressão fechada da presidente Dilma Rousseff durante a posse de Joaquim Barbosa nesta quinta-feira contrastou com os festejos do PSDB ao relator da Ação Penal 470. O partido divulgou nota parabenizando o ministro "pela sua chegada à presidência do Supremo Tribunal Federal (STF)". Não bastasse, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse nesta quinta-feira que considera adequada a decisão de Barbosa de acelerar a realização do depoimentos de testemunhas do chamado “mensalão mineiro”, que foi apontado pela Procuradoria-Geral da República como o laboratório do 'mensalão' do PT.
O novo presidente do Supremo determinou que testemunhas de defesa do deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG), ex-governador de Minas Gerais e réu no processo, sejam interrogadas em até 40 dias a partir da notificação da decisão. Entre as testemunhas estão o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), que assina a nota desta quinta-feira, e o ex-ministro Ciro Gomes (PSB).
"Muito adequado", considera o senador Aécio Neves, que foi ao STF para a posse de Barbosa. "Todas as denúncias que houver, elas não têm coloração partidária. Têm que ser analisadas, julgadas e eventualmente punidas com absoluta clareza e firmeza. Onde houver culpabilidade, o réu deve ser punido. Onde não houver, deve ser inocentado", completou.
O discurso tucano para o momento é até óbvio, dado o estrago que a rigidez de Barbosa no julgamento do mensalão ajudou a causar à imagem do adversário PT, consequência das condenações de lideranças como o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente do PT José Genoino. Mas, a depender dos efeitos fo futuro julgamento ao partido, as atuais loas ao novo ministro do Supremo podem causar mais do que constrangimentos ao partido.
A julgar pelo discurso de combate à corrupção adotado pelos ministros do Supremo, que estará sob a presidência de Barbosa durante a avaliação do caso, as perspectivas não são muito boas para o PSDB.