07 novembro 2012

Ex-freira de 73 anos conta como virou ateia: “nada fazia sentido”


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“Estou finalmente livre”, diz Elizabeth Murad, 73 anos, ex-freira que virou militante humanista e ateísta. “Estou livre para simplesmente ser eu mesma”, reitera

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Ex-freira conta como virou militante ateísta: “Quando saí do convento, era como se tivesse renascido”. (Foto: TCPalm)
Elizabeth Murad, de Fort Pierce (EUA), lembra bem do dia em que saiu do convento há 41 anos. Sua sensação foi de alívio. Ela tocou as folhas de cada árvore pela qual passou. Ouviu os pássaros enquanto seus olhos azuis percorriam o céu, as flores e grama. Naquele dia, tudo lhe parecia mais belo.
“Quando saí, era como se eu estivesse renascido”, contou. “Eu estava usando de novo os meus sentidos, querendo tocar em tudo e sentir o cheiro de tudo. Senti o vento soprando em meu cabelo pela primeira vez depois de um longo tempo.” Ela ficou 13 anos em um convento franciscano de Nova Jersey.
Hoje, aos 73 anos, Elizabeth é militante ateísta. É filiada a uma fundação que denuncia as violações da separação entre o Estado e Igreja. Ela tem lutado contra a intenção de organizações religiosas de serem beneficiadas com dinheiro público. Também participa do grupo Treasure Coast, de humanistas seculares.
Em sua casa ela tem uma foto em preto e branco tirada há 50 anos onde aparece com o hábito de freira. Guarda essa foto como marco de uma época em que suas dúvidas se acentuaram, questionando a sua fé. “Foi o começo do que sou hoje.”
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