25 abril 2010

Vínculo entre HIV e salmonela oferece pistas para vacina - Estadão, 24 de Abril de 2010

Relação mostra que vírus não só enfraquece mas também altera o sistema imunológico

22 de abril de 2010 | 17h 57
Reuters

O estudo de um vínculo letal entre a salmonela e o HIV mostra que o vírus da aids danifica o sistema imunológico de um modo que era desconhecido, o que oferece novas pistas para a criação de vacinas para os portadores do vírus.

A salmonela frequentemente causa infecções letais no sangue de portadores do HIV, especialmente na África. Mas, embora o risco seja conhecido há mais de 25 anos, a explicação científica surgiu somente agora.

Não é a deficiência do sistema imunológico que provoca o problema, mas um excesso de anticorpos. A descoberta deve ajudar a evitar becos sem saída na busca pela vacina.

"Trata-se de uma grande surpresa, e indica que estamos lidando mais com uma consequência de um desarranjo imunológico do que com uma deficiência imunológica propriamente dita", disse o principal pesquisador do trabalho, Cal MacLennan, da Universidade de Birmingham.

O HIV costuma ser encarado como um vírus que para o funcionamento do sistema imunológico humano, porque mata as chamadas células CD4, que organizam a reação do corpo a invasores.

No caso da salmonela, no entanto, MacLennan e colegas descobriram que o sangue de adultos infectados pelo HIV contém altos níveis de anticorpos para a salmonela. O problema é que esses anticorpos atacavam a parte errada das bactérias, e não conseguiam eliminá-las.

A pesquisa, publicada na revista Science desta semana, indica que a resposta imunológica do corpo é muito diferente em pacientes infectados com HIV na comparação com aqueles sem o vírus. E a diferença vai além de um simples enfraquecimento do sistema imunológico.

A descoberta é importante tanto para os médicos que trabalham no tratamento de pacientes de HIV quanto para pesquisadores que buscam vacinas para proteger os portadores do vírus de outras doenças.

Ela também poderá ajudar na criação de uma vacina contra a salmonela, ao mostrar que algumas abordagens estão destinadas ao fracasso.

Estadão, 24-Abril de 2010: Analfabetismo científico por Carlos Orsi

A edição da revista Science que circula esta semana traz uma série de artigos sobre “alfabetização científica”, ou como transmitir para a população em geral — e para as crianças, em particular — o mínimo de conhecimento científico necessário para navegar no mundo contemporâneo.

O analfabetismo científico é um problema em praticamente todo o mundo. Com o agravante de que, diferentemente do analfabetismo literal, muitas vezes não chega a ser reconhecido como um problema, mesmo entre as parcelas mais educadas e/ou poderosas da sociedade.

Parafraseando um antigo aforismo de C.P. Snow, um milionário que ignore quem foi Machado de Assis acaba visto como uma figura folclórica, excêntrica; um que ignore a segunda lei da termodinâmica é só mais um cara normal. Além, claro, de uma ótima vítima para esquemas de moto-perpétuo.

Este, aliás, é um ponto que passa em branco na maioria dos discursos sobre a alfabetização científica: quando se reconhece o valor do ensino e da divulgação da ciência, o foco costuma repousar sobre os benefícios econômicos — pesquisa e desenvolvimento, novos produtos, engenharia — que são, evidentemente, reais e importantes. Mas pouco se fala sobre a educação científica como fator de cidadania e, se me permitem o termo, de defesa pessoal.

Mais do que uma instituição acadêmica ou de um conjunto de princípios, leis e teorias a assimilar, ciência é um método, uma disciplina, uma postura. De forma bem resumida, é o hábito de não aceitar afirmações como verdadeiras sem prova, e de avaliar criticamente toda prova apresentada. Ciência, enfim, é uma ferramenta de detecção de falsidades e de busca da verdade.

Tão ou mais importante do que conhecer os resultados obtidos por essa ferramenta é familiarizar-se com o instrumento em si. Empunhá-lo, acostumar-se com seu peso, ver como sua lâmina é afiada e, por fim, aprender a usá-lo no dia-a-dia, ao lidar com coisas tão díspares quanto promessas de políticos, discursos de autoajuda, comerciais de produtos milagrosos, ofertas de crediário, terapias e, sim, esquemas de moto-perpétuo.

Um do artigos da Science trata, aliás, exatamente disso: Jonathan Osborne, da Universidade Stanford, queixa-se de que há muito pouco debate crítico nas aulas de ciências.

“Como uma das marcas registradas do cientista é o ceticismo crítico e racional, a ausência de oportunidades para desenvolver a capacidade de pensar e discutir cientificamente parece ser uma fraqueza significativa na prática educacional contemporânea”, escreve Osborne.

Há alguns anos, a jornalista de ciência do New York Times Natalie Angier escreveu um livro — premiado — chamado The Canon (”O Cânone”), que buscava explicar o que há de mais básico na ciência atual. A partir de um primeiro capítulo sobre, exatamente, o pensamento científico, a obra se lança numa exploração da matemática, biologia, física, química, geologia e astronomia.

São pouco mais de 260 páginas e não creio que tenha sido traduzido, infelizmente. Mas se todos tivessem contato com as ideias e princípios que descreve, este seria um mundo com menos vítimas e melhores cidadãos.

Vaticano vai financiar pesquisas com células-tronco adultas

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguHFm8v_dEXZ58IMNj4vxMSRn9PKA5AFpVFfBAWy7TV_yzHZNxzcwsYpxbqDxKquP6rlXUuyboFO5ZA6YdzmuVzhpqzXgHecvN5jdHdDb_1W3LL0yjerQlOJnrHHcLBDNhyphenhyphenaRJom3NX6_d/s1600-h/celulas_tronco_e_igreja_2.jpg

É sabido que a Igreja Católica é totalmente avessa a pesquisas com células-tronco embrionárias. Essa postura, a mesma tomada em relação à pílula anticoncepcional ou camisinha por exemplo, atrasou por anos o início das pesquisas aqui no Brasil e em várias partes do mundo.

Porém, notícia do Estadão de ontem, 24 de Abril, afirma que o Vaticano pretende financiar estudos com células-tronco adultas o que, segundo ela, não se contraporia à vida uma vez que não envolve a destruição de embriões.

Se por um lado se trata de um campo mais limitado _ as células adultas não têm a mesma pluripotência (capacidade de transformação das células-tronco em qualquer outro tecido humano) _ não deixa de ser interessante essa postura da Igreja.




http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,vaticano-vai-financiar-pesquisas-de-celulas-tronco-adultas,542140,0.htm

20 abril 2010

Gilmar Mendes passa por constrangimento no Youtube

Parece mentira, mas após dois anos Gilmar Mendes irá deixar a presidência rotativa do STF.

Antes disso, porém, ele participou de uma entrevista transmitida pelo Youtube em que foi respondeu a 11 questões, muitas bem cabeludas como os habeas-corpus a Daniel Dantas ou sua atuação política no MT. Haja saia-justa:

http://www.youtube.com/watch?v=Yt1tnv5p30I


Espero que o próximo presidente seja mais digno da envergadura desse cargo.

19 abril 2010

Dia esquecido


Que dia é hoje mesmo? Segunda-feira, 19 de Abril de 2010. Certo... E DAÍ?!

E daí que, a despeito da indiferença de todos _ a começar pela Mídia _ hoje é Dia do Índio.

Já são mais de 16:00h e não vi até o momento qualquer menção de destaque à data. Minto: na hora do almoço vi um comercial da Caixa.. e só!

Os antigos donos dessas terras tropicais parecem mesmo fadados à aculturação, enfermidades, banditismo e manipulação por Governos, ONGs ou toda sorte de entidades oportunistas. Parece que só voltamos nossos olhos para eles quando protagonizando paralisação de obras, passando fome, cobrando pedágios ou ainda quando algum playboy resolve lhes atear fogo ao corpo.

Bom, humildemente, esse blog presta uma singela homenagem a um povo que já foi dono de tudo isso que hoje chamamos de Brasil, que já teve seus momentos de bravura e riqueza mas hoje estão relegados praticamente à mendicância. Muitos podem dizer que não são santos, claro que não (antes de Cabral nem nisso eles acreditavam), afinal, eles aprenderam bem com nosso "Processo Civilizatório".


http://www.youtube.com/watch?v=nM_gEzvhsM0


Fonte da foto: http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://webradiobrasilindigena.files.wordpress.com/2007/11/indio-bandeira-do-brasil.jpg&imgrefurl=http://4anob.zip.net/arch2008-04-13_2008-04-19.html&usg=__eMBA-oh_rmXutNcS3Hbz1v0FJyk=&h=280&w=420&sz=21&hl=pt-BR&start=17&sig2=kYOZ_uKw_8jmGug-XCGlBg&um=1&itbs=1&tbnid=wpdzETGQ9zR2IM:&tbnh=83&tbnw=125&prev=/images%3Fq%3Ddia%2Bdo%2B%25C3%25ADndio%26um%3D1%26hl%3Dpt-BR%26client%3Dfirefox-a%26sa%3DN%26rls%3Dorg.mozilla:pt-BR:official%26tbs%3Disch:1&ei=x7zMS8fVFYSglAf9vZWCAQ

13 abril 2010

Su-per feliz!

Resolvi escrever qualquer coisa aqui para ter certeza de que não foi sonho (estava cochilando no sofá há não muito tempo).
Pouco menos de dois anos se passaram mas tenho certeza que nada mudou. Ainda está vivo em algum lugar e não irá morrer nunca.
Parece meio confuso o que estou escrevendo mas não tenho a menor intenção de explicar (até pq ninguém entra aqui mesmo para ler). Mas quero registrar esse momento aqui para lembrar desse dia_ vai ser engraçado!
Sou paciente e quando o dia chegar (ou voltar), não perderei minha chance!
Boa noite posteridade!

http://www.youtube.com/watch?v=iZnRdwMdWsA&playnext_from=TL&videos=KxbCUhfnEgs


Marcelo.

12 abril 2010

Arruda solto

Pois é, até que demorou, mas José Roberto Arruda foi solto pela (IN) Justiça brasileira.
Existe uma máxima que diz que, no Brasil, a "Polícia prende e a Justiça solta". Talvez trata-se de uma frase simplista, e até certo ponto leviana visto que muitas vezes a Justiça se resume a aplicar a Lei.
O problema é que todos os dias somos brindados com exemplos de impunidade. Especialmente de homens públicos.
Segundo o Estadão de hoje, a alegação do ministro do STJ Luís Fernando Gonçalves alegou que, segundo a Polícia Federal, as próximas diligências da investigação sobre o "mensalão do DEM" serão "técnicas", diminuindo as chances de Arruda interferir no inquérito. O ministro argumentou também que, cassado, Arruda também perdeu o poder de governador de atrapalhar a ação da polícia para apurar o esquema de corrupção.
É... e eu sou o Bozo...

11 abril 2010

Cientistas tentam prevenir abusos da engenharia do clima

Cientistas tentam prevenir abusos da engenharia do clima

Tecnologia para tentar "consertar" o termostato do planeta pode estar pronta para testes em uma década, diz especialista

Americano teme que falta de regras internacionais empurrem esse campo de estudos para as "sombras", colocando planeta em risco

Assinante UOL: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe1104201001.htm

Qual o número de neurônios de um Ser Humano?

CONTANDO NEURÔNIOS

por Herton Escobar

Seção: NEUROCIÊNCIAS

04.abril.2010 17:14:33

FOTO: THOMAS VIERBUCHEN/DIVULGAÇÃO

Quantos neurônios você acha que tem no cérebro? (além do Tico e Teco, claro….)

1 milhão? 10 milhões? 1 bilhão? 100 bilhões? Depende da cabeça de cada um?

Se você não sabe a resposta, não se preocupe. Não é por falta de neurônios. Na verdade, nem os cientistas sabem a resposta.

A prova disso está no título do livro do neurocientista Roberto Lent, da Universidade Federal do Rio Janeiro. A primeira edição, lançada no ano 2000, chamava-se Cem Bilhões de Neurônios. A segunda edição, lançada no mês passado, chama-se Cem Bilhões de Neurônios? (com ponto de interrogação)

A interrogação desse título é bastante simbólica da nossa relativa ignorância sobre o cérebro, da capacidade da ciência de fazer suposições, de errar e de se corrigir (ou admitir sua ignorância) quando necessário. O título original, sem o ponto de interrogação, era compatível com o que diz a literatura científica sobre o cérebro humano. Vários livros de neurociência usam esse número de 100 bilhões.

Foi assim até que uma colega de Lent na UFRJ, a também neurocientista Suzana Herculano-Houzel, lhe perguntou: Qual é a evidência científica desse número? Ou, em outras palavras: Alguém já parou mesmo para contar esse negócio célula por célula? Lent, então, descobriu que a resposta era não, ninguém tinha feito essa conta de fato. Era só uma estimativa (bem fundamentada, mas, ainda assim, uma estimativa)

Ele e Suzana, então, resolveram contar o negócio pra valer. Inventaram um técnica que “dissolve” o tecido cerebral e deixa para trás só uma “sopa” de núcleos celulares. Cada célula tem um único núcleo, então contar núcleos é o mesmo que contar células.

Fizeram isso com cérebros de roedores, depois de macacos e, por fim, com cérebros de cadáveres humanos numa faixa etária de 50 a 70 anos. Chegaram a um número médio de 85 bilhões de neurônios por cérebro humano. Próximo dos 100 bilhões, mas não exatamente. Será que esse número varia entre idosos e crianças, homens e mulheres? Só mesmo dissolvendo mais cérebros para descobrir…… Por enquanto, o ponto de interrogação permanece.

Uma curiosidade: As pesquisas de Lent e Suzana revelaram que 80% dos neurônios no cérebro não estão no córtex cerebral (a massa cinzenta maior, parecida com uma noz), mas no cerebelo, uma estrutura bem menor que fica na base posterior do cérebro e está relacionada principalmente ao controle motor do corpo. Mas será que é só isso mesmo? Com tanto neurônio lá, talvez seja mais do que isso….

Resumo da história: Nosso cérebro ainda tem muito o que aprender sobre si mesmo. Imagine só!

Amazônia teve 208,2 km² desmatados no primeiro bimestre

Amazônia teve 208,2 km² desmatados no primeiro bimestre

No Mato Grosso foram registrados 69% do total de alertas de desmatamentos do bimestre

08 de abril de 2010 | 14h 18

Nos meses de janeiro e fevereiro foram apontados 208,2 km² de desmatamentos pelo DETER, sistema de alerta baseado em satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) que verifica a ocorrência de corte raso ou degradação progressiva na Amazônia Legal.

Arquivo/AE
Arquivo/AE
Segundo os dados do Inpe, 86,5% dos desmatamentos foram classificados como corte raso

Veja também:

linkBNDES negocia com 12 países doações para Fundo da Amazônia

linkMundo perdeu dois Estados de SP de florestas na última década, diz ONU

especialA evolução do desmatamento na Amazônia

No Mato Grosso foram registrados 69% do total de alertas de desmatamentos do bimestre, o que correspondeu a 143.4 km². O estado foi o que apresentou melhor oportunidade de observação pelo sistema. De modo geral, em janeiro foi possível observar por satélites apenas 31% da Amazônia, enquanto em fevereiro a área total verificada chegou a 43%.

Na época de chuvas na Amazônia, quando se torna mais difícil a observação por satélites por causa da intensidade de nuvens que cobrem a região, o INPE divulga os resultados do DETER agrupados por bimestre. Mas o sistema mantém durante todo o período sua operação regular enviando dados quinzenalmente ao Ibama.

Em função da cobertura de nuvens variável de um mês para outro e, também, da resolução dos satélites, os dados do DETER não representam uma avaliação fiel do desmatamento mensal da Amazônia. Pelos mesmos motivos os técnicos do INPE não recomendam a comparação entre dados de diferentes meses e anos.

Avaliação

A cada divulgação sobre este sistema de alerta o INPE apresenta também um relatório de avaliação dos dados. O documento detalha a localização dos desmatamentos e mostra no mapa as áreas que não puderam ser observadas devido à cobertura de nuvens. No bimestre de janeiro e fevereiro, 97,2% das áreas de alertas foram confirmadas como desmatamentos.

Feita com imagens de melhor resolução espacial, a qualificação amostral dos dados do DETER aponta os diferentes níveis de degradação da floresta. Desta vez 86,5% dos desmatamentos foram classificados como corte raso e 10,7% como floresta degradada.

O sistema DETER

Em operação desde 2004, o DETER (Detecção do Desmatamento em Tempo Real) é um sistema de alerta para suporte à fiscalização e controle de desmatamento. Embora os dados sejam divulgados em relatórios mensais ou bimestrais, os resultados do DETER são enviados a cada quinzena ao Ibama, responsável por fiscalizar as áreas.

O sistema indica tanto áreas de corte raso, quando os satélites detectam a completa retirada da floresta nativa, quanto áreas classificadas como degradação progressiva, que revelam o processo de desmatamento na região.

Com o DETER, é possível detectar apenas polígonos de desmatamento com área maior que 25 hectares por conta da resolução dos sensores espaciais (o DETER utiliza dados do sensor MODIS do satélite Terra e do sensor WFI do satélite sino-brasileiro CBERS, com resolução espacial de 250 metros). Devido à cobertura de nuvens, nem todos os desmatamentos maiores que 25 hectares são identificados pelo sistema.

Contudo, a menor resolução dos sensores usados pelo DETER é compensada pela capacidade de observação diária, que torna o sistema uma ferramenta ideal para informar rapidamente aos órgãos de fiscalização sobre novos desmatamentos.

Todos os dados do DETER são públicos e podem ser consultados no site www.obt.inpe.br/deter

Trilhas ecológicas vão ser fiscalizadas

Conteúdo aberto: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100408/not_imp535317,0.php

Trilhas ecológicas vão ser fiscalizadas

Mapeamento de parques na Serra do Mar deve apontar riscos de acidente na mata; prevenção vai contar com Defesa Civil e bombeiros

08 de abril de 2010 | 0h 00
Camilla Haddad - O Estado de S.Paulo

A Fundação Florestal do Estado de São Paulo vai reforçar a fiscalização nas trilhas do Parque Ecológico da Serra do Mar, onde 28 pessoas se perderam na mata durante a Páscoa. Três bases estão em construção e devem ficar prontas até o próximo mês, somando-se às 11 já em funcionamento. A intenção é coibir a atuação de empresas de ecoturismo que não têm guias treinados para entrar em áreas de preservação ambiental.

No domingo, o grupo que pretendia passar uma tarde de aventuras viveu dois dias de medo, ao se perder na Serra do Mar. Não havia um guia credenciado com as vítimas, socorridas em Cubatão, na Baixada Santista, por policiais militares do Comando de Operações Especiais (COE).

Boris Alexandre César, diretor de operações da Fundação Florestal, ligada à Secretaria Estadual do Meio Ambiente, informou que outras medidas preventivas estão em estudo. Uma delas é o mapeamento dos parques, que apontará todas as possibilidades de acidentes na mata. "É um plano de risco. Montamos um esquema de prevenção e socorro, que terá parceria com Defesa Civil e Bombeiros", explica o diretor.

Segundo César, o Plano de Contingência de Risco e vai ficar pronto até o fim do ano. A primeira área verde mapeada foi na região do Vale do Ribeira, no litoral sul. Ali, segundo César, é uma região com muitas cavernas.

Licença. O diretor da Fundação afirma que o Ministério Público Estadual também pode colaborar na identificação e punição de empresas de ecoturismo que insistem em entrar nas matas sem conhecimento. Caso sejam pegas, podem ter a licença de funcionamento retida. "Nós procuramos trabalhar primeiro com educação e conscientização, mas as empresas não podem esquecer que estão cometendo irregularidades", alerta.

No ano passado, quatro grupos precisaram ser resgatados pelo COE. César estima que só um deles caminhava com guia credenciado.

Ingressos. De acordo com César, a fundação disponibiliza os passeios Criança Ecológica e o Trilhas de São Paulo - este para adultos. As informações sobre ingressos estão no site www.trilhasdesaopaulo.sp.gov.br.

Para o diretor, quem não faz os passeios acima, que contam com profissionais treinados, acaba percorrendo uma trilha irregular. Ele diz que as empresas de ecoturismo não têm desculpa para atuar de forma perigosa. "Estamos capacitando guias de empresas. Lá mesmo na região onde o grupo se perdeu nós temos um trabalho voltado ao treinamento do pessoal."

Segundo César, a Serra do Mar é cortada por pelo menos 14 municípios e compreende uma área de 315 mil hectares, que vão desde Cunha, no Rio, até Pedro de Toledo, no litoral paulista.

Outros casos
25/01/2001
Dois turistas pretendiam acampar apenas uma noite no Morro do Corcovado, em Ubatuba, mas se perderam na volta e esperaram três dias pelo resgate. Apesar do trabalho dos policiais, as famílias contrataram um táxi aéreo para as buscas - um dos jovens era filho do então vice-presidente da Telesp, antiga estatal de telefonia do Estado.

28/02/2003
Um grupo de três idosos e um adolescente passou seis dias perdido na região de Parelheiros, extremo sul da capital paulista. Vinte policiais realizaram buscas por três dias, mas os turistas acabaram conseguindo chegar por conta própria em Mongaguá.

07/04/2009
Catorze pessoas, entre elas um adolescente de 13 anos, foram encontradas pelos bombeiros após passar 53 horas perdidas na Serra do Mar. O grupo se perdeu na trilha que liga Embu-Guaçu a Itanhaém.


Preste atenção

1. Planejamento. Antes de se aventurar por trilhas e caminhos mais remotos, o primeiro passo essencial é se planejar. Quanto mais informação for levantada previamente, maior será a segurança durante o passeio.

2. Pesquisa. Saiba exatamente qual é a distância a ser percorrida, as características de relevo, o tipo de terreno, as condições climáticas e a possibilidade de encontrar ajuda em caso de emergências.

3. Equipamento. Use a vestimenta adequada, leve equipamentos básicos de sobrevivência (lanterna, canivete e kit de primeiros socorros) e a tenha um pouco a mais do que o necessário de água e comida

4.Contatos. Caso o destino seja uma trilha muito remota, avise amigos e familiares sobre a rota planejada. Leve também o celular e uma lista com telefones de emergência e de pousadas da região.

5.Guias. Se contratar um guia, procure se informar se ele tem treinamento e se
está acostumado à trilha que vão fazer. Tenha o mesmo cuidado com as empresas de ecoturismo. Elas têm de ser credenciadas.

10 abril 2010

Comer vegetais não protege contra câncer

Pesquisa com 500 mil pessoas em dez países mostra relação fraca entre consumo de frutas e verduras e redução de risco

Porém há oncologistas que discordam tanto da metodologia da pesquisa como afirmam que em oncologia todo ganho, mesmo que pequeno, é importante.

Sendo assim, ainda não é hora de deixar de lado aquele saboroso chuchu ou aquela apetitosa beterraba ;)

Viver, um exercício de tolerância

Costumo me esquivar de frases de (pretenso) efeito, citações etc. Mas de um tempo para cá essa idéia tem sido recorrente na minha cabeça.
Digo isso porque historicamente já vimos guerras e genocídios motivados por ela e a cada dia a intolerância ganha mais força, seja ela cultural, religiosa, social etc. Estou me convencendo a cada dia que teremos de conviver com ela ainda por muito tempo.
Mas por que, logo no primeiro texto que escrevo nesse blog, estou com esse papo pseudo-filosófico?!
Ontem estava em um bar em Recife (onde moro há alguns meses) com alguns amigos (todos não-pernambucanos). Entre uma cerveja e outra, me assustei com a afirmação de um de meus colegas de que, se eventualmente viesse a ter um filho pernambucano, o proibiria de chamá-lo de "painho". Logo pensei que fosse brincadeira, quem nunca fez uma do gênero? Mas a feição dele não deixava dúvidas: estava falando sério (e muito). Disse que não admitiria que um filho seu falasse daquele jeito "errado" (sic).
Ora, se meu amigo estivesse certo, deveríamos proibir nossos filhos de chamar-nos de papai ou mamãe pois essas formas seriam tão "erradas" quanto as que ele critica.
Ou seja, não se trata de certo ou errado. O que eu ouvi ontem foi simplesmente um reflexo de uma pretensão de superioridade que alimenta a intolerância. Não que meu colega seja má pessoa, longe disso, mas acho ele é mais um integrande de uma sociedade multicultural localizada em um país de proporções continentais que não aprendeu a conviver com as diferenças. Pior: até aprendeu a conviver, mas não a respeitar.
Essa distinção é importante porque, quando mudamos de escala, encontro algumas explicações do porquê de sermos um país com tantas feridas abertas: somos racistas, mas não admitimos. Jovens se matam pelos motivos mai torpes como torcer para times diferentes. Negros, gays e nordestinos são mortos por neo-nazistas que, por ironia ou mera ignorância, se julgam arianos se esquecendo da pluralidade étnica de seus DNAs. Sem contar os índios que são queimados e mendigos surrados até a morte por filhos de castas "respeitáveis" da nossa sociedade.
Escrever tanto só porque alguém não gosta do sotaque e expressões nordestinas pode parecer exagerado. Será que era para tanto? Eu acho que sim. Tenho compulsão de querer entender o mundo através de pequenos atos. Muita gente acaba se magoando, mas não consigo (e talvez nem queira) ser diferente.
Também não me eximo da chaga da intolerância. Com meu temperamento forte e paixão pelo debate de idéias, vejo muitas vezes pequenas discordâncias terminarem em grandes discussões. O homem é produto do meio e comigo não poderia ser diferente.

PS: a foto do posto é de um monumento em Sevilha em homenagem justamente à Tolerância.

10-Abr-10: Estréia um blog


Sejam benvidos visitantes!

Inauguro hoje esse espaço de idéias, conversas e por que não, bobagens? Rs.

Há alguns anos já vinha cultivando a idéia de criar um blog, mas sempre a preguiça se sobrepunha à vontade. Hoje, porém, me decidi (vamos ver até quando dura essa determinação toda...rs).

10-Abr-10: ESTREIA UM BLOG

Não sei até quando irá minha empolgação