26 fevereiro 2014

Aspirações Químicas: (Um pouco da) Química de Breaking Bad

Aspirações Químicas: (Um pouco da) Química de Breaking Bad: Breaking Bad, apesar de seus desdobramentos, é uma série que pode ter chamado a atenção de interessados por química, afinal, figura um prof...

Aspirações Químicas: (Um pouco da) Química de Breaking Bad

Aspirações Químicas: (Um pouco da) Química de Breaking Bad: Breaking Bad, apesar de seus desdobramentos, é uma série que pode ter chamado a atenção de interessados por química, afinal, figura um prof...

10 fevereiro 2014

O Vale do Silício desconhecido

CORREIO BRASILIENSE

Brasil negligencia papel estratégico do mineral para a
indústria de alta tecnologia. Reserva de Goiás tem o maior
grau de pureza do mundo

Cristalina (GO) — Conhecida pela abundância e pela
variedade dos cristais que brotam com facilidade do chão,
Cristalina (GO), a 130km de Brasília e dona da maior
economia agrícola do Brasil, esconde uma riqueza
potencialmente ainda maior. Bilhões de toneladas de silício
com o mais elevado índice de pureza do mundo — acima de
99,99% — poderiam servir de base para o surgimento de um
importante parque industrial de alta tecnologia, com impactos
na balança comercial e no desenvolvimento do país.
A matéria-prima essencial para a fabricação de componentes
de celulares, computadores, lâmpadas especiais e, sobretudo,
painéis solares de geração elétrica continua, contudo, sendo
subaproveitada ou exportada em estado bruto para outros
países, principalmente a China. Mas empresários e líderes
locais da cidade goiana, além de técnicos do governo,
começam a buscar formas de viabilizar o sonho do Vale do
Silício brasileiro, soterrado pela burocracia e pela falta de
visão estratégica.
Os cristais (quartzo) encontrados em Cristalina são
considerados de altíssima qualidade, mas o agronegócio e a
extração de areia levaram à paralisação e até mesmo ao
fechamento das minas. “Só a areia destinada à construção
civil poderia ser vendida 10 vezes mais caro. Uma fábrica de
painéis de células fotovoltaicas poderia viabilizar a energia
solar no Brasil e ainda sanar a grave escassez elétrica da
própria cidade”, destaca Gustavo Rocha, geólogo do
Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e um
dos maiores especialistas em silício no país.
Cláudio Scliar, professor da Universidade Federal do Oeste do
Pará (Ufopa) e ex-secretário de mineração do Ministério de
Minas e Energia, lamenta que matérias-primas tão comuns em
estados como Goiás, Minas Gerais e Bahia estejam pesando
na pauta de importações do país na forma de artigos de alto
valor agregado. “É uma situação antiga, que tem se
agravado”, resume. Sabe-se que o Brasil é detentor de 95%
das reservas mundiais de silício, o equivalente a 78 bilhões de
toneladas.
O silício brasileiro serve de sustentação para a liderança
chinesa na fabricação de supercondutores, painéis solares e

NASA | Mars Evolution

09 fevereiro 2014

Bactéria radioativa ataca o câncer

Bactéria radioativa ataca o câncer

Micro-organismo criado em laboratório carrega radioatividade até os tumores - para destruí-los sem afetar o resto do organismo



por Salvador Nogueira

O câncer de pâncreas é um dos piores que existem. Isso porque, quando é descoberto, geralmente já se espalhou pelo corpo, ou seja, sofreu metástase. E isso torna o câncer incontrolável - cinco anos após o diagnóstico, 95% dos pacientes estão mortos. Mas duas pesquisadoras da Faculdade de Medicina Albert Einstein, em Nova York, criaram uma arma ousada: uma bactéria radioativa, capaz de se infiltrar nas células cancerosas de todo o corpo e destruí-las.

É uma versão modificada da Listeria monocytogenes, que causa intoxicação alimentar. As cientistas criaram uma versão enfraquecida dessa bactéria e juntaram a ela um anticorpo produzido em laboratório - que continha um elemento radioativo, o rênio-188. Por fim, injetaram a combinação no sangue de ratos com câncer de pâncreas. A bactéria fez o resto: e levou o rênio-188 até as células cancerosas.

O tumor principal encolheu cerca de 60%, e as metástases foram reduzidas em mais de 90%. A bactéria não produziu efeitos colaterais, pois só agiu nos focos de câncer. Isso supostamente acontece porque, como é fraca, não consegue infectar as células saudáveis. Já as células cancerosas, que costumam despistar o sistema imunológico, foram um prato cheio para a Listeria radioativa. A mecânica do tratamento ainda não é totalmente compreendida, mas os resultados animaram as pesquisadoras. "Com certeza, queremos partir para testes clínicos [em gente]", diz Claudia Gravekamp, líder do estudo. Se o governo dos EUA autorizar, os testes em seres humanos começarão em 2015.